Cristiano Ronaldo explica ausência no adeus a Diogo Jota
O capitão admite que o peso da memória do pai e o respeito pela privacidade da família falaram mais alto.
O jogador português Cristiano Ronaldo revelou finalmente o motivo pelo qual não esteve presente no funeral de Diogo Jota, morto no passado dia 3 de julho.
Na entrevista, Ronaldo explicou que a decisão se prende por duas razões: em primeiro lugar, afirmou que, “após a morte do meu pai, nunca mais voltei a um cemitério”. Depois, referiu que a sua presença poderia desviar a atenção do verdadeiro foco, ou seja, da dor da família de Jota.
No decurso da entrevista concedida ao jornalista britânico Piers Morgan, o capitão da seleção portuguesa esclareceu: “Não faz sentido. Ainda agora estávamos juntos na Seleção, ainda agora tinhas casado… À tua família, à tua mulher e aos teus filhos, envio os meus sentimentos.”
Ele admitiu ter chorado quando recebeu a notícia da tragédia: “Não acreditei quando me mandaram a mensagem. Chorei muito.”
Na altura da morte de Jota, a ausência de Ronaldo suscitou críticas, mas que a própria família, nomeadamente a irmã de Ronaldo, Kátia Aveiro, veio explicar que a figura pública de Ronaldo tornaria a cerimónia numa espécie de espectáculo mediático, algo que queriam evitar.
Ronaldo optou por prestar homenagem “nos bastidores”, mantendo-se afastado do centro das atenções para que o momento de luto fosse exclusivamente para a família e para os que mais sofreram com a perda.