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Cristiano Ronaldo fala da perda e do amor pela família

Na entrevista com Piers Morgan, Ronaldo abre o coração sobre a perda do filho, o papel de Georgina e o equilíbrio familiar.

A nova entrevista de Cristiano Ronaldo com Piers Morgan voltou a abrir janelas sobre um lado mais íntimo do capitão da seleção portuguesa, num registo pouco habitual.

A conversa, descontraída, mas carregada de emoções, percorreu temas pessoais que o avançado raramente comenta, mostrando alguém mais sereno, mais atento ao que a vida lhe ensinou.

Entre os momentos mais marcantes da entrevista esteve a recordação da perda do filho Ángel, um episódio que Cristiano descreve como um dos momentos mais desafiantes da sua vida. Ele e Georgina aguardavam o nascimento de gémeos, mas apenas Bella Esmeralda sobreviveu. A dor, ainda presente, é agora tratada com uma maturidade que se sente nas palavras. “Às vezes, nas relações, tens bons e maus momentos. Faz parte. Mas, provavelmente, durante esse período, nós consolidámos mais a relação por causa do que aconteceu”, confessou.

Piers Morgan procurou compreender como o casal superou a tragédia. Cristiano respondeu, “Até nos piores momentos tens de tornar as coisas tranquilas. Tentar encontrar o equilíbrio de tudo. Foi um período difícil, mas foi bom. Honestamente. Porque aprendi muitas coisas, vi outras perspetivas da vida.”

Hoje, diz o jogador, há uma fonte de luz que parece reorganizar tudo dentro de casa. Bella Esmeralda, agora com três anos, tornou-se presença central no quotidiano familiar. “A minha filha é a rainha da família. Ela é quem torna a casa feliz. Tudo acontece por uma razão, eu acredito nisso”, afirmou.

A entrevista também tocou na polémica ausência de Cristiano no funeral de Diogo Jota, assunto que o capitão raramente abordara. Falou com cuidado, mas ficou a ideia de que há feridas que se tratam em silêncio, longe de holofotes.

Com quatro filhos, mais o futuro casamento com Georgina já anunciado para depois do Mundial de 2026, Cristiano parece instalado numa fase de reorientação, mais centrada no íntimo do que no espetáculo. A imagem pública de superatleta permanece, mas agora acompanhada por uma narrativa de vulnerabilidade, família e reequilíbrio interior.

O resto da conversa ficará na memória como uma rara oportunidade de ouvir Cristiano Ronaldo sem filtros, sem pressa e sem necessidade de explicar quem é. Ou, talvez, como uma oportunidade para perceber que ele ainda está a descobrir isso também.

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