“Cristiano Ronaldo joga sempre, mesmo quando não devia”: Sofia Oliveira da CNN aponta o dedo à gestão do capitão
“Ronaldo não está a lidar bem com o fim da carreira”. Sofia Oliveira questiona se o avançado está preparado para dar lugar aos mais novos — e lembra o exemplo de Messi.

Cristiano Ronaldo confirmou que não vai ao Mundial de Clubes, apesar de ter imensos convites, mas que está a pensar a médio prazo.
Sofia Oliveira na CNN Portugal acabou por deixar algumas farpas, e considera que ele não está a lidar bem como fim da carreira. Ficou ainda surpreendida com os convites de Boca Junior e o discurso do capitão da seleção, “Fico surpreendida porque o histórico do Cristiano não é este. Não estamos a falar de um jogador que esteja a conviver bem com o facto de se estar a aproximar do final da sua carreira.”
Apesar da postura de Ronaldo nas entrevistas, a comentadora foi direta: “Ele está ali com aquilo que se chama agora de mindset, muito programado, muito robotizado para este tipo de perguntas, mas não me parece que esteja a lidar bem com isso.”
Sofia Oliveira continua a falar na necessidade de Ronaldo perceber que, em certos momentos, “faz sentido aqui um outro jogador.” Destacou que o próprio disse “Eu paro de jogar quando eu quiser”, algo que ela considera verdadeiro, mas que acarreta responsabilidades.
É certo que Ronaldo marcou um golo nas meias-finais da Liga das Nações, mas “com todo o respeito, acho que foi um golo que o Gonçalo também o marcaria. Não foi algo que chamasse verdadeiramente a atenção.” E foi mais longe, considerando que “a inserção do Ronaldo não é boa no combate geral”, apontando que, em jogos como o frente à Alemanha, “arrasta-se muitas vezes ao longo dos minutos.”
Considera que existem várias (e boas) opções e deu nomes como Gonçalo Ramos, João Félix, Diogo Jota, contudo “é sistematicamente Cristiano, mesmo quando o jogo não lhe está a correr bem.”
“Este discurso é bonito, mas não acho que vá ao encontro das ações que têm sido tidas pelo capitão.” E concluiu com um paralelismo com Messi, que “já muitas vezes se coloca no banco., Porque é literalmente assim, são eles que se colocam. Porque se eles quiserem jogar sempre, eles vão jogar sempre, para dar lugar a outros. Eu acho que isso faz parte, e acho que o saber lidar com isto é fazer este tipo de ações, não é dizer este tipo de coisas. É fazer,” rematou.