Cristina Ferreira: “É impossível continuarmos nas redes sociais da forma em que continuamos”
A apresentadora e diretora da TVI quer criminalizar o ódio nas redes sociais.
Cristina Ferreira é um das personalidades mais seguidas no Instagram e no Facebook em Portugal, e é constantemente alvo de críticas.
Em entrevista ao podcast “PODBRU”, de Bruna Gomes, a apresentadora recordou: “Quando fui para a SIC, todas as minhas mensagens eram: ‘És a maior’, ‘boa sorte’, coisas do género. A partir daí… esquece, nem vou reproduzir…”.
“Quando comecei, no início, elogiavam. Eu era a Cristina que tinha vindo da terrinha, era a saloia, trabalhadora, e as pessoas diziam: ‘Que bom, conseguiu tudo com trabalho’. Mas quando deixei de estar só num bom emprego e ser conhecida, e passei a outro patamar, aí as pessoas já não te aceitam”, acrescentou.
Cristina Ferreira afirmou que as pessoas a ofendem “por nada”: “Era tão grave o que diziam. Se alguém tiver a oportunidade de ler o meu livro Pra Cima de Puta, do princípio ao fim, e não se indignar com o que está lá escrito, é porque não está bem”.
Cristina Ferreira conseguiu levar à Assembleia da República a sua luta para que o ódio nas redes sociais seja criminalizado: “Acho mesmo que é impossível continuarmos nas redes sociais da forma em que continuamos. Terei todo o gosto de estar na bancada a ouvir a discussão sobre o tema e, se um dia tivermos algo que regule o facto de as pessoas serem punidas na Internet, valeu a pena todas as insinuações que me fizeram”.
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