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Cristina Ferreira quebra o silêncio e fala de “escolhas”

Na tarde desta quinta-feira, dia 23, Cristina Ferreira recordou um longo texto que escreveu há dois anos, e onde fala sobre escolhas.


Na sua página do Instagram, a futura apresentadora da SIC, que irá ganhar qualquer coisa como 1 milhão anual, explicou:

“SENTIR, página 193, escrito há dois anos

ESCOLHAS

Todos nós fazemos escolhas diárias. Mas há umas tão importantes que sabemos que nos podem mudar a vida ou o seu rumo.

Não gosto de demorar muito tempo a tomar decisões. Deixo à sorte, muitas vezes, o papel de boa conselheira. «Quem muda, Deus ajuda.» O ditado é antigo e confio nessa sabedoria para fazer o meu caminho. Não costumo olhar para trás depois de decidir. E volto a uma frase do meu pai que me estruturou o pensamento: «A cama que fizeres, nela te deitarás.» Ainda que o destino possa ter alguns planos, somos nós que optamos. Há sempre uma esquerda e uma direita. E eu acredito que, mesmo escolhendo a direcção errada, há sempre maneira de chegar ao destino final. Costumo dizer que até os becos sem saída permitem uma alternativa: voltar atrás. Essa segurança, ou forma de ver as coisas, tem-me ajudado a serenar na hora de escolher. Talvez ainda não tenha passado por uma decisão realmente difícil. Ou, então, não lhe dei a devida importância. Talvez seja a idade a trazer esse peso – ou essa leveza. Há pouco tempo, um primo dizia-me que aos 40 não se muda.

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Que um emprego de 18 anos se mantém, mesmo que não nos dê felicidade. «Talvez até nem saiba fazer mais nada.» Este conformismo deixou-me a pensar. Sabemos nós desta vida que a outra ninguém ainda conseguiu provar. Porque nos habituamos a uma vida que não é a nossa quando podemos escrever a nossa própria história e emprestar-lhe vários capítulos? Talvez seja loucura o risco. Talvez os filhos nos acrescentem medo ao futuro. Mas é preciso ultrapassar esse medo. Talvez seja esta a mais dura batalha da vida. Nos últimos tempos tenho pensado muito nisso. Têm-me assaltado os medos de uma escolha difícil. E, ao mesmo tempo, tenho a certeza de que, aconteça o que acontecer, fui. Há dúvidas que me assombram. Mas estou certa de que não me perdoaria. Pior do que ir e ter que voltar é não ir e nunca saber onde se podia chegar.”


SENTIR, página 193, escrito há dois anos ESCOLHAS Todos nós fazemos escolhas diárias. Mas há umas tão importantes que sabemos que nos podem mudar a vida ou o seu rumo. Não gosto de demorar muito tempo a tomar decisões. Deixo à sorte, muitas vezes, o papel de boa conselheira. «Quem muda, Deus ajuda.» O ditado é antigo e confio nessa sabedoria para fazer o meu caminho. Não costumo olhar para trás depois de decidir. E volto a uma frase do meu pai que me estruturou o pensamento: «A cama que fizeres, nela te deitarás.» Ainda que o destino possa ter alguns planos, somos nós que optamos. Há sempre uma esquerda e uma direita. E eu acredito que, mesmo escolhendo a direcção errada, há sempre maneira de chegar ao destino final. Costumo dizer que até os becos sem saída permitem uma alternativa: voltar atrás. Essa segurança, ou forma de ver as coisas, tem-me ajudado a serenar na hora de escolher. Talvez ainda não tenha passado por uma decisão realmente difícil. Ou, então, não lhe dei a devida importância. Talvez seja a idade a trazer esse peso – ou essa leveza. Há pouco tempo, um primo dizia-me que aos 40 não se muda. Que um emprego de 18 anos se mantém, mesmo que não nos dê felicidade. «Talvez até nem saiba fazer mais nada.» Este conformismo deixou-me a pensar. Sabemos nós desta vida que a outra ninguém ainda conseguiu provar. Porque nos habituamos a uma vida que não é a nossa quando podemos escrever a nossa própria história e emprestar-lhe vários capítulos? Talvez seja loucura o risco. Talvez os filhos nos acrescentem medo ao futuro. Mas é preciso ultrapassar esse medo. Talvez seja esta a mais dura batalha da vida. Nos últimos tempos tenho pensado muito nisso. Têm-me assaltado os medos de uma escolha difícil. E, ao mesmo tempo, tenho a certeza de que, aconteça o que acontecer, fui. Há dúvidas que me assombram. Mas estou certa de que não me perdoaria. Pior do que ir e ter que voltar é não ir e nunca saber onde se podia chegar.

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