Dalila Carmo ataca Primeiro-Ministro: “O país está a arder. Onde é que o senhor está? Temos muita vergonha.”
Carta aberta ao Primeiro-Ministro mistura gratidão aos bombeiros com exigência de medidas eficazes e urgentes a Luís Montenegro.

A atriz Dalila Carmo dirigiu-se diretamente ao Primeiro-Ministro numa carta aberta.
Está completamente chocada com aquilo que vê e como inação perante a vaga de incêndios que consome o país e o Primeiro-Ministro ainda não saiu do Algarve para acompanhar o assunto no terreno.
O texto, partilhado nas redes sociais, é forte:
“Temos o país a arder”, começa por afirmar, recordando que o atual chefe do Governo criticou o antecessor pela mesma questão e chegou a exigir-lhe um pedido de desculpas. “E agora, Sr. Primeiro-Ministro? Onde é que o senhor está? E que medidas tomou na prevenção de combate aos incêndios florestais? Não o estamos a ouvir.”
A atriz sublinha que compreende que agosto seja tradicionalmente um mês de férias, mas lembra que “o país continua a arder”. E, mesmo reconhecendo o “esforço de mulheres e de muitos homens, dos bombeiros, da Proteção Civil, da GNR, dos sapadores florestais, das Forças Armadas, de todas as forças de segurança, dos autarcas e de muitos cidadãos anónimos”. Insiste que o agradecimento não chega.
O ponto-chave da sua crítica é a falta de medidas concretas e duradouras para evitar que a tragédia se repita. “Que medidas tomou para evitar chegarmos a este lugar novamente? E até quando olharemos para isto apenas quando começa o flagelo?”, questiona. No ar fica uma acusação implícita de governação reativa, em vez de preventiva.
A carta termina com um tom de desilusão coletiva: “Temos muita vergonha, Exmo. Sr. Primeiro-Ministro.”