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Dinamarca x Portugal foi uma desgraça! A primeira parte foi medíocre, a segunda foi igualmente medíocre

Roberto Martínez com muitas estrelas na mão... mas sem kit de unhas!

Portugal perdeu diante a Dinamarca para a Liga das Nações, e o jogo foi muito mau, tanto na primeira parte, como da segunda.

A verdade é que Portugal poderia ter pedido por bem mais, e o guarda-redes do FC  Porto [Diogo Costa], ainda defendeu um penalty apesar que ia dando um frango.

Este resultado explica-se com falta de ideias. Portugal tem-se debatido com alguma dificuldade em criar jogo, em ligar o jogo por dentro. Parece-me que Roberto Martínez quis aproveitar a dupla para a qual ele se deu mérito de ter criado, mas sem conseguir que esta dupla se ligasse e tivesse as mesmas dinâmicas que tem no clube. Obrigatoriamente não é retirar do contexto do clube dois jogadores que jogam juntos, colocar na seleção e esperar que resolvam.

Abdicou do Bernardo, por exemplo, que é um jogador que normalmente tem, ainda que jogue sobre a linha, que tem preponderância no meio-campo, se calhar para dar algum espaço para brilhar esta dupla, acabou por apostar em extremos que dessem mais largura ao jogo, mas nunca o meio-campo foi capaz de encontrar estes jogadores verdadeiramente expostos e capazes de explorar a defensiva dinamarquesa, que tem mérito na forma, há de mérito Portugal, e concordo, e até diria mais que a primeira parte foi medíocre, a segunda foi igualmente medíocre.

Mas parece-me que há também mérito da Dinamarca na forma como posicionou, como soube explorar o espaço e criar algumas jogadas. Também me pareceu que ainda existe alguma indefinição da parte da seleção portuguesa sobre o que é que realmente quer o treinador. Vimos algumas vezes a Construção a sair a 3 com o Nuno Mendes a ficar na linha 3 centrais, o Dalot a entrar por dentro, que não é uma posição que seja confortável para ele.

Parece-me que é um bocadinho tentar fazer aquilo que fazia com o João Cancelo, com jogadores que não têm características exatamente iguais.

Depois algumas vezes o João Neves, na construção a 3, para o Nuno entrar, mas com o Rafael Leão aberto e, portanto, também não é a posição onde o Nuno consegue mais destaque. O Bruno Fernandes é um jogador que ultrapassa no clube uma fase muito feliz, apesar da fase infeliz do clube, que praticamente não existiu, e, portanto, foi um Portugal muito pouco capaz de ter verdadeiramente lucidez nos momentos de jogo.

E depois muita dificuldade, especialmente na reposição em jogo, muita insistência pelo corredor central, com muitas perdas de bola, que permitiram que a Dinamarca crescesse no jogo, recuperasse bolas altas e criasse oportunidades. E a verdade é que o resultado hoje é positivo face à exibição que existiu. 1-0 é um resultado muito lisonjeiro para um jogo que podia ter tomado proporções completamente diferentes.

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