Duarte Siopa quebra o silêncio: ‘O Renato não era homossexual, estava em profunda pressão’
No Noite das Estrelas, Duarte Siopa afirma, ‘Acho que nunca vamos saber toda a verdade’.

Ainda no seguimento do tema ‘Carlos Castro e Renato Seabra’ no programa Noite das Estrelas, Duarte Siopa, um dos comentadores, deixa um beijo à família do jovem.
Duarte Siopa voltou a abordar o mediático caso da morte de Carlos Castro, em 2011, em Nova Iorque, “Eu acompanhei, claro, e como o país inteiro acompanhou, embora eu conhecesse muito bem o Carlos Castro, e também conhecia muito bem, bem demais, o Carlos Castro. Acho que tenho uma opinião muito própria, que não interessa a nada, mas tenho uma opinião muito própria de que o miúdo não era homossexual, esta foi a minha convicção.”
Siopa referia-se a Renato Seabra, condenado pelo homicídio do cronista social português. Para o apresentador, o jovem aspirante a modelo não terá lidado bem com a pressão e com a exposição mediática que ganhou ao lado de Carlos Castro: “Acho que ele é um miúdo que vem de uma terrarriola, que tem o sonho de ser conhecido, tem o sonho de fazer moda, e depois a ser de protagonismo, que é isso que depois o leva a este Estado.”
Duarte Siopa defendeu que a instabilidade psicológica de Renato foi determinante para o desfecho trágico: “Eu acho que é o Renato que não estava já bem psicologicamente. Podia não estar a aguentar. Ele queria, mas, no fundo o íntimo dele dizia: ‘eu não gosto de homens’. Então vou suscitar coisas que não consigo. Tanto que ele faz uma chamada para a mãe e diz-lhe: ‘eu não aguento mais, tenho que me ir embora’. E a mãe diz-lhe: ‘então vem imediatamente embora’. Por isso, ele estava com uma pressão muito grande, e essa pressão, que nós deduzimos que seja feita pelo Carlos Castro, ele não a suporta. É uma história que acho que é muito difícil nós sabermos toda a verdade.”
O apresentador sublinhou ainda a complexidade do caso, admitindo que a verdade talvez nunca venha a ser totalmente esclarecida. No entanto, fez questão de deixar uma nota de empatia para a família de Renato Seabra, gesto pouco comum quando se fala deste crime: “Deixa-me só, eu acho que as pessoas cá não vão gostar do que eu vou dizer, mas deixa-me deixar um grande abraço à família. À mãe e à irmã, porque nós, muitas vezes, não temos culpa daquilo que os nossos filhos fazem e hoje, neste momento, estão a passar um mau bocado.”