Sexta-feira, 24 de Outubro, assinala-se o primeiro ‘aniversário’ do adeus ao eterno artista. Há um ano, nesse dia, ninguém supunha a polémica que estava a caminho com a revelação de que havia um herdeiro secreto.
Para além de Toni Coelho e Marquinho, 10% da fortuna estavam reservados para um desconhecido bombeiro de Braga…
A partir daí, começou todo um percurso escandaloso que está ainda hoje longe do fim. O próprio Dudu transformou-se numa figura pública e não há quem não o conheça. E, a exposição cresceu mais com a entrada do “amor platónico” de Marco Paulo no ‘Big Brother Verão’.
Eduardo regressa aqui ao fim de Julho, e aos 20 dias passados no reality show de Maria Botelho Moniz, para recordar o que aconteceu para deixar-se convencer a entrar na Casa: “Eu não estava a pensar em entrar. Mesmo. Porque eu não queria andar a expor-me, e andar a dar mais azo ao falatório. E, depois, o meu advogado dizia-me, ‘pá, o que eles querem é que tu entres, a ver se dizes coisas do Marco Paulo’.
Dudu acabou por embarcar na aventura e não se arrepende: “Acho que estive bem. Ninguém tem nada a apontar. Até acho que ficaram com outra ideia de mim. Aliás, ficaram a perceber de vez que eu não tinha sido namorado, ou lá o que me apontavam, Viram como eu era. Que não queria polémicas. No ‘Big Brother’ deixei de ser ‘o’ amante do Marco Paulo”.
Tanto correu bem que até fez amigos na TVI. Amigos que até já o foram visitar a Braga. “Sim, vão vindo aos poucos. Já veio o João, o Paím… O Bruno (de Carvalho). As miúdas também querem vir. Vamos combinando aos pouquinhos. Mas sim, sim, eu criei uma boa amizade com toda a gente”, explica.
Mas nem tudo foi fácil. “É isso que eu estava a dizer, houve uma dinâmica lá que o Big fez uma dinâmica que era para um gajo estar lá quase à pancadaria. Eu disse ao Big, eu nisso não me revejo. Ah, mas você tem… Sim, mas está bem, mas eu não me revejo nisto, estamos aqui. Você quer que uma pessoa esteja aqui à pancada, mas com os outros, pá, escusadamente, não é naquelas dinâmicas, tipo, de quem gostas mais e porquê, de quem gostas menos e porquê, que era para uma pessoa estar ali a discutir. Aquele tipo de programas, já se sabe. Mas uma pessoa estar cá fora é uma coisa, mas lá dentro é realmente diferente”, diz o bombeiro que ficou satisfeito em privar com “a Jéssica, a Luísa abriu um grupo…”
E, espante-se! Até ficou “numa boa” com Catarina Miranda: “No início, eu disse-lhe logo, porque ela era a única que escavava sempre, estava sempre lá a perguntar, ‘ah, o Marco deixou-te a herança e não estava apaixonado, claro que estava, não ia te deixar por nada, ele tinha muitos amigos, porquê é que ia te deixar a ti?! E eu disse à Catarina, ‘vamos acabar com isto, que isso não tem interesse. Mas ela era a única que escavava sempre, ali nos quatro primeiros dias”.
Em relação à herança, “nada de novo”. “Não está nada fácil, vamos ter outra reunião, outra vez com os advogados, mas não está nada fácil, vamos todos para o tribunal. 99,9% de certeza que só se vai resolver no tribunal, não há mais nada a fazer”.
Eduardo Ferreira mudou de advogada por “uma questão de estratégia, para ser mais agressivo”: “Não há, não há, esquece. Uma coisa que ia dizer agora, tu sabes que tens que receber 20 e eles só te querem dar a 5, e querem fazer a coisa, aquilo é um leilão, eles estão ali, penso que aquilo é um leilão, foi o que eu já disse a eles. Foi o que eu disse, ‘oh pá, se tu queres resolver, é o que eu já disse, se tu queres resolver isto também, é, olha, o que há isto, tal, tal, tal, olha, a tua parte é esta, a tua não é esta, acabou. Eu já tinha estado várias vezes com eles (os outros herdeiros). Quando o Marco era vivo eu estive com eles, muitas vezes. Após a morte, a primeira vez foi no dia que entrei no BB. Trata-me, pelo menos o Toni, está todo assim, abaixo de cão, como se costuma dizer. Nota-se que é uma postura de má fé, e ele nunca aceitou, e eu, pá, lá está, o próprio advogado dizia-me, ‘Eduardo, não fales agora, neste momento, isso tudo. E um dia hei-de dar uma grande entrevista, num momento certo e numa hora certa, e assim, o que eu posso te dizer, e não posso dizer mais nada, senão é lixado, ele não aceitou de bom grado que eu seja herdeiro. A partir daí, pronto, tiras as tuas próprias conclusões…”
“Acho que ele ficou com ciúmes, não é em relação a mim, é em relação ao Marco. Já disse não quer perdoar o Marco. Pelas atitudes, o Toni deixou claro que nunca há-de perdoar o Marco por me ter deixado… Tenho direito a ir às três casas, quando eu quiser, Sintra, de Sesimbra ou à do Algarve. Ninguém me pode impedir de lá entrar. Mas eu nunca estive a agir de má-fé. Eu até hoje nunca quis ir a nenhuma casa. Se eu chegasse agora lá a Sintra, olha, quero ver o que é que há aí dentro. Eu nunca fui lá ver, por exemplo. Mas claro que tenho direito, agora. E eu aqui não estou a fazer isso porque eu sei que é a casa deles. Sei que é uma casa que lhes diz muito. Onde viveram sempre. Mas, a partir do momento em que eu decidi ir para o Tribunal, se eu perder o respeito a toda a gente, vou para lá… Se é guerra que quer, é guerra que vai ter! Por exemplo, na reunião, só quem fala é o pai. O pai é que diz o que é, e o que não é, e o miúdo nem tem voto na matéria. Comigo tem uma postura bruta. Do género, ele é que é o dono e ele é que sabe. Neste momento, nem os advogados se conseguem entender, não há entendimento possível. Isto já não há hipótese, esquece. Nem vale a pena estarmos aqui em negociações. Já me facilitaram acesso ao que está nas contas, só que eu não acredito naqueles valores. Mostraram-me uma conta. São 56 euros. Não acredito. Nem eu, nem ninguém”, desabafa o herdeiro inesperado de Marco Paulo.
Dudu diz que viveu “até agora, até os meus 40 anos. E vivi, e trabalhei, e tudo. Não me importa esperar mais dois ou três anos, mas eu vou saber a verdade. É isso que eu vou fazer”.
Um ano depois da partida do cantor de “Maravilhoso Coração”, Eduardo pondera agora ir visitar o túmulo do amigo: “Eu, a Tita, a Cinha, vamos combinar ir lá. Porque o Marco Paulo, era o que ele me dizia… Eu estive para não ir ao funeral, porque ele disse que não queria que eu fosse. Era o que ele dizia, ‘Eu, depois de morto, não quero que ninguém vá me visitar ao cemitério. Eu não vejo ninguém, não vou ver as flores…”
