“E Deus recolheu a mulher”: Morreu Brigitte Bardot, a lenda francesa, aos 91 anos

O mundo da cultura e da defesa animal acordou mais pobre este domingo, 28 de dezembro.

Brigitte Bardot, uma das figuras mais emblemáticas do século XX, morreu aos 91 anos. A notícia foi confirmada oficialmente pela organização a que dedicou a segunda metade da sua vida.

Num comunicado emotivo citado pela France Press, a instituição partilhou a dor da perda: “A Fundação Brigitte Bardot anuncia com imensa tristeza o falecimento da sua fundadora e presidente, Madame Brigitte Bardot, atriz e cantora mundialmente reconhecida, que escolheu abandonar a sua prestigiada carreira para dedicar a sua vida e energia à defesa dos animais e à sua Fundação”.

Brigitte Bardot, frequentemente tratada por “BB”, foi o maior sex symbol das décadas de 1950 e 1960, rivalizando apenas com Marilyn Monroe. Contudo, tomou uma decisão radical há mais de 50 anos: abandonou o cinema no auge da fama para se tornar a voz dos que não têm voz.

Deixa para trás dezenas de filmes e momentos que definiram a Sétima Arte, como o icónico mambo em “E Deus criou a mulher” (1956) ou o monólogo de abertura em “O Desprezo” (1963), de Jean-Luc Godard.

Embora as causas exatas da morte não tenham sido detalhadas no comunicado inicial, a saúde da atriz já inspirava cuidados. No passado mês de outubro, Bardot foi internada de urgência devido a uma “doença grave”.

Na altura, a imprensa internacional reportou que a atriz estava na sua residência em Saint-Tropez, o seu refúgio de sempre, quando teve de ser transportada para o hospital devido a uma insuficiência respiratória severa, situação que fragilizou o seu estado nos últimos meses.