Fernando Póvoas foi convidado do programa “Dois às 10” desta sexta-feira, 23 de junho, em direto na TVI.
O médico sofreu um enfarte do miocárdio no passado dia 13 de maio e foi sujeito a uma intervenção cirúrgica, no Hospital São João. Entretanto, Fernando Póvoas já regressou ao trabalho, mas a um ritmo mais brando.
“12 dias antes, a fazer os caminhos de Santiago, numa subida, senti uma dor no peito, também por trás do esterno, que me assustou (…). Fiquei com a pulga atrás da orelha, cheguei a Portugal e disse ‘vou ter que fazer aqui alguma coisa’, marquei um exame para a semana seguinte só que o enfarte aconteceu nessa semana“, recordou.
Fernando Póvoas explicou o que fez no dia em que sofreu o enfarte: “É uma dor de compressão, a minha preocupação era colocar duas aspirinas debaixo da língua, não as encontrei (…). As aspirinas não deixam o sangue coagular, o sangue fica mais diluído. Não as encontrei (…) e pensei ‘ou ligo para o INEM ou acordo alguém para me levar’. Vesti-me, meti-me no carro e fui. Fui tossindo e respirando profundamente até lá chegar, fui pensando nas minhas filhas“.
“Aquilo que eu fiz não é exemplo para ninguém e como médico é uma negligência grave (…) porque a conduzir se desmaiasse o erro era meu, fui egoísta. Entendo que não fui o mais correto mas foi aquilo que eu achava que devia fazer“, confessou. “Uma hora e vinte depois estava no bloco operatório a fazer cateterismo. O que é que isto quer dizer? Que o Serviço Nacional de Saúde trabalha bem“, acrescentou.
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