
2025 é um ano de marcos para Vera Kolodzig. A atriz celebra 40 anos de vida e 25 de carreira, um percurso que começou cedo e a fez crescer entre adultos, dentro e fora dos estúdios.
Numa entrevista à Revista Caras, a atriz diz, “Quem diria! É um ano incrível. Comecei a trabalhar muito cedo. Era a criança no meio de adultos e ficou-me sempre essa sensação de que os outros são mais velhos do que eu, até que os ciclos se inverteram”, confessa.
A primeira grande porta abriu-se com a novela ‘Jardins Proibidos’ (2000), um fenómeno que marcou a ficção portuguesa e a colocou no mapa da televisão nacional.
Vieram depois trabalhos como ‘Filha do Mar’, até que decidiu dar um passo arriscado: deixar Portugal para estudar na prestigiada Universidade de Essex, em Londres. “Queria mesmo formar-me como atriz e estive lá três anos. Foi muito complicado a nível cultural e pessoal, mas muito bom em termos de ensino. Saí de lá com grandes aprendizagens, apesar de ter sofrido imenso.”
Aos 18 anos, já com experiência profissional, encontrou um cenário inesperado entre os colegas britânicos. “Era a primeira vez que muitos estavam a sair de casa e queriam diversão e beber copos. Eu tinha juntado o meu dinheiro para ir e levava aquilo com uma seriedade que não era a deles, que estavam com outro espírito. Foi desafiante.” A pressão foi tanta que acabou por congelar a matrícula ao fim de dois anos, regressando a Portugal para uma novela. Mais tarde, voltou para concluir o curso e ainda acrescentou Nova Iorque ao currículo de formação.
Vera Kolodzig vive agora um período de serenidade e paz. “Sinto-me numa fase espetacular da minha vida e quero caminhar com os pés bem assentes no presente e um olhar positivo no futuro.” Mais do que grandes conquistas, diz encontrar sentido nas rotinas simples: “A realização vem das pequenas coisas. Sei que soa a cliché, mas por alguma razão eles existem. Chegar ao fim do dia e agradecer pelo que tens muda mesmo a forma de estar na vida.”
A lista de sonhos continua viva: ter uma casa no campo, viver num país tropical, e ir riscando objetivos da sua “bucket list”.