O jogo de Portugal – Eslovénia no Euro 2024, em que já é a eliminar, vamos ter quase de certeza, várias alterações no 11 que tivemos frente à Geórgia.
No Canal 11, os comentadores começaram a analisar o jogo, e todos são unânimes em que os jogadores lusos nem sempre entendem as ideias do selecionador e o jornalista Luis Francisco acha mesmo que vão haver alterações, até porque “o 4-3-3 tem funcionado melhor”.
“Foi a jogar com uma linha 3 que Portugal perdeu na Eslovénia em março e, portanto, há também que tirar daí algumas conclusões e basicamente porque me parece que as características da equipa portuguesa expressam-se melhor com um triângulo de meio-campo do que propriamente com dois homens e dois alas (…) A parte dos alas até faria sentido, e é por isso que Portugal é uma equipa muito ofensiva, e é por isso que projeta muito os seus laterais, e muitas vezes até os projeta para situações diferentes daquelas que são comuns.”
Acaba por dizer, “é por isso que eu digo que há uma ideia de jogo de Roberto Martínez, às vezes os jogadores é que não parecem tão afoitos a praticá-la como devia.”
“A lógica de o lateral, quando o lateral direito, quando temos como lateral direito um jogador que pode vir para o meio, no caso o Cancelo, que pode vir para o meio a ajudar a construir no meio-campo e quando temos um lateral esquerdo que pode aparecer quase como segundo ponta de lança na área, quando o Rafael Leão dá largura, que pode vir para o meio a ajudar a construir no meio-campo, e quando temos um lateral esquerdo que pode aparecer quase como segundo ponta de lança na área, quando o Rafael Leão dá largura, que é o Nuno Mendes, mostra que há muito mais para dizer do que apenas o 4-4, o 4-3-3, ou o 3-4-2, ou o 3-5-2, enfim, há da parte da equipa portuguesa algumas ideias de jogo que podem ser disruptivas em relação ao que o adversário consegue contrapor, ou seja, tornam-se difíceis de marcar, um lateral esquerdo que aparece como segunda ponta de lança é muito difícil de marcar”, continua a explicar.
E vai mais longe na sua análise “a questão é, não está ainda aparentemente completamente assumido a forma de jogar da equipa portuguesa e pelo menos estes automatismos não estão a surgir. E acho que não estão a surgir por uma razão fundamental que é, quanto a mim, e ainda vimos agora um treinador de futebol daqueles encartados e não armado como eu, aqui a dizer, a dar bitaites, é que a equipa portuguesa não pode ter medo de perder a bola em jogadas em que tem que meter risco, e a equipa portuguesa, com aquelas longas trocas de bola, com o ir da esquerda para a direita, mas sempre à volta do bloco, sem nunca tentar entrar, acaba por se tornar uma equipa previsível, mas sempre à volta do bloco, sem nunca tentar entrar, acaba por se tornar uma equipa previsível, ou marca primeiro e obriga o adversário a fazer qualquer coisa que abra espaço, porque convenhamos, se calhar, o mais difícil para Portugal é defrontar estas equipas que se defendem muito.”
Ainda considera, “eventualmente, a partir daqui, se a Eslovénia ficar pelo caminho, vamos encontrar equipas que vão assumir o jogo também frente a Portugal. Depois aí, a dificuldade é outra, é serem adversários de grande qualidade, mas aí Portugal poderá ter algum espaço para jogar mais bonito. A grande dificuldade para Portugal é jogar sem espaço. Para se jogar sem espaço é preciso a tal paciência, mas não só, é preciso risco.”