EXCLUSIVO: Antiga sexóloga do Correio da Manhã procurada por esfaquear o pai, o criminalista José Manuel Anes
A mulher é Ana Anes, autora do livro "Sete anos de Mau Sexo" e que, em tempos, foi colunista do Correio da Manhã, na revista Vidas, onde mantinha uma crónica com contos eróticos e outras histórias mais pornográficas.

O DIOGUINHO revela -lhe em primeira mão quem é a alegada fugitiva da Polícia Judiciária.
O caso está a ser investigado e a CNN Portugal referiu que as principais suspeitas recaem sobre a filha, que está neste momento a ser procurada pelas autoridades.
José Manuel Anes, antigo presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), foi vítima de um ataque com uma faca em sua casa, esta segunda-feira, 20 de Outubro.
A mulher é Ana Anes, autora do livro “Sete anos de Mau Sexo” e que, em tempos, foi colunista do Correio da Manhã, na revista Vidas, onde mantinha uma crónica com contos eróticos e outras histórias mais pornográficas.
Numa entrevista publicada em 2010, Ana revelou que esteve para se casar duas vezes e cancelou: “Ponho-me a analisar e a desconstruir tudo, penso gosto muito dele mas isto não vai dar. Comecei a viver sozinha aos 16 anos, já vivi com três ou quatro pessoas, fui super feliz, mas lido muito bem com o estar sozinha, porque tenho muitos recursos internos. Mas adoro a vida a dois. Sou completamente a favor do casamento, adorava casar-me a meio da tarde no cartório, só eu e a outra pessoa, depois fazia jantares com a família e os amigos mas o casamento era só a dois”.

E mais: “Sempre achei que escrevo bem sobre relacionamentos, o que inclui sexo. Tenho noção de que sou assertiva, dura comigo emocionalmente, dura com o comportamento dos outros. Não sou nada puritana mas dão-me cabo do sistema as pazes podres em que as pessoas vivem, não compactuo com essas situações, não consigo compreendê-las. Continuo a escrever no meu blogue e vou fazer mais um livro [depois de Sete Anos de Mau Sexo], um abecedário dos sentimentos. Está ali tudo, o que eu passo, desgostos, inquietações, dúvidas, falhanços que não foram poucos, as coisas a que eu consigo dar a volta. E estão os outros. As pessoas vêm falar comigo, acham que eu, por escrever sobre sexo, sou doida, tarada, e contam-me coisas surreais, pessoalmente ou por email. Um amigo contou-me que dos 15 aos 19 anos manteve um relacionamento com a mãe. E eu fiquei… como!? Eu vejo o pior da natureza humana e às vezes tenho vontade de me afastar, de entrar em recolhimento porque são coisas que me chocam, e não tenho um colete à prova de perversões. Apetece-me fechar a porta, preciso de tempo para digerir. O que me safa é o sentido de humor, porque se não já tinha desistido da humanidade”.
Recordou ainda que há uns meses desistira: “Tentei o suicídio. Sentia que nunca ninguém me viu como eu era. Como escrevi no novo livro: por mais que nos amem não nos conseguem acompanhar. Foi um momento de profunda tristeza e solidão, depois de várias perdas. Saí disso com muita psicoterapia, com o apoio da minha mãe e do meu pai, que apostaram tudo em mim. Estive um mês e meio a dormir, achava que não ia sair daquela fragilidade e equacionei não voltar a escrever, porque achei que não tinha capacidade de gerir esta pressão. Depois conheci uma pessoa, começámos a trocar emails e voltei a ver o quanto gosto de escrever.

Estar apaixonado é a melhor coisa do mundo. Com todas as coisas más, péssimas, aflitivas, ansiedades, insónias, é a melhor coisa do mundo, digam o que disserem. É uma sorte. Mesmo que não sejamos correspondidos. É sinal de que estamos vivos. Quando uma pessoa quer mesmo morrer é muito mau, portanto qualquer sentimento intenso é bem-vindo”.
O historiador e investigador foi transportado em estado grave para o hospital de São José, estando já livre de perigo.
José Manuel Anes é professor universitário e um dos mais conhecidos criminalistas. Também é autor de várias obras sobre esoterismo e espiritualidade sendo, também, um conhecido maçom, tendo sido grã-mestre da Grande Loja Regular de Portugal.
Em comunicado, o OSCOT confirma que José Manuel Anes sofreu “ferimentos graves provocados com recurso a arma branca”.