
O livro Capitão de Abril – André Villas-Boas e a Revolução Inacabada, de Octávio Lousada Oliveira, revela bastidores da transição de poder no FC Porto.
Entre os episódios, destaca-se o empréstimo pessoal de 500 mil euros feito por Villas-Boas em 2024, comparado pelos apoiantes de Pinto da Costa ao gesto de 2018, quando o antigo presidente pôs a própria casa como garantia para segurar 3,5 milhões e evitar sanções da UEFA.
A obra relata também a Assembleia Geral polémica de 2023, a campanha eleitoral de 2024, que Pinto da Costa já sabia perdida semanas antes, e a difícil passagem de testemunho, marcada pela recusa de um gesto de reconciliação no Dragão.
Outro ponto central é a saída conturbada de Sérgio Conceição, que se sentiu traído quando Villas-Boas admitiu que o adjunto Vítor Bruno podia ser sucessor. O livro recorda ainda episódios como a quase contratação de Marco Silva em 2017, a venda de Galeno ao Braga para equilibrar contas e a revelação de que Villas-Boas, já em 2019, planeava candidatar-se à presidência em 2024.
Mais do que memórias, o livro expõe rivalidades, jogos de bastidores e decisões que definiram o fim da era Pinto da Costa e o arranque do mandato de Villas-Boas.