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Fernanda Câncio denuncia Bruno Caetano da TVI e revela: “Foi processado por usurpação de funções”

"Bruno Caetano não tinha então carteira de jornalista e, de acordo com o site da Comissão da Carteira, continua a não ter"

“Lembram-se de Bruno Caetano?”. Foi assim que Fernanda Câncio iniciou uma série de tweets sobre o repórter da TVI.

“Foi o alegado ‘repórter’ que com Goucha entrevistou Mário Machado na TVI, em 2019. Bruno Caetano não tinha então carteira de jornalista e, de acordo com o site da Comissão da Carteira, continua a não ter. No entanto, 4 anos depois, continua a ‘reportar’. Sempre nos inenarráveis programas da manhã, bem entendido, mas surgindo com o microfone na mão ‘em reportagem’. neste caso na aldeia do idoso que se noticia ter sido barbaramente agredido, e confessando ter abordado a família, que, diz ele, não quis falar”, contextualizou.

Há, é claro, péssimos jornalistas que não honram em nada a profissão, certo. Mas é uma profissão e para a poder exercer temos de ser reconhecidos como jornalistas pela Comissão da Carteira e pagar o título. Podemos perdê-lo se infringirmos as normas e não podemos exercer sem ele. Os jornalistas são em geral mal pagos, trabalham em condições cada vez mais precárias e em meios de comunicação cada vez mais depauperados. É inadmissível que tenhamos de lidar também com aquilo a que a lei chama ‘crime de usurpação de funções’. Mas o mais grave na situação nem é isso: é haver quem, não tendo sequer as obrigações que a lei impõe aos jornalistas, vá abordar pessoas como se fosse jornalista. Gostava de saber o que pensam sobre isto os jornalistas da TVI”, acrescentou.

“E gostava de saber o que aconteceu com a queixa que o Sindicato dos Jornalistas apresentou em 2019 à Comissão da Carteira contra a TVI, exactamente a propósito de Bruno Caetano e do uso da designação repórter. Entretanto já tenho resposta a esta questão: a Comissão da Carteira processou Bruno Caetano por usurpação de funções. O tribunal arquivou porque ele disse não se considerar jornalista porque não tem o jornalismo como principal ocupação. É lindo, não é? A lei serve para quê?”, questionou.

O reconhecimento da importância do jornalismo para a democracia e para a comunidade implicou que a profissão fosse sujeita a regras. Tem leis próprias, um órgão fiscalizador. E depois temos os tribunais a mandar isso tudo às urtigas”, rematou a jornalista.

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