
A última emissão do Passadeira Vermelha, Filipa Torrinha Nunes, tocou na polémica entre Kiko e António Leal e Silva.
Filipa não poupou palavras: “Isso chocou-me profundamente, o que o António e a Cláudia disseram, mais o António até. Porque a verdade é que o pior tipo de ignorância é aquela que se agita com orgulho, como se fosse uma grande verdade. E, de facto, são duas pessoas profundamente ignorantes.”
E continuou, “Gostava de pedir, e acho que é um dever destas duas pessoas, que vão estudar para casa, o que é o preconceito, o que é o racismo. Estudem primeiro e depois venham dar a cara ao programa e peçam desculpa, porque eles não fazem a mínima ideia do que é o preconceito.”
Filipa fez questão de valorizar o papel de Kiko no combate a estereótipos e na abertura de mentalidades, sobretudo junto das gerações mais novas: “O Kiko é um influencer há muitos anos nesta praça. Tem feito um trabalho muito importante naquilo que é o quebrar preconceitos e todos nós beneficiamos disso, porque todos nós beneficiamos de um mundo e de um país melhor. Obrigado ao Kiko por dar a cara por tantos temas importantes.”
“O Kiko é um influencer há muitos anos nesta praça.”
Ainda acrescentou, “É importante dizer às pessoas que defendem o Kiko que não tomem todos os programas como iguais. Nem todos os comentadores são iguais. Também queremos defender a ausência de preconceitos, mas não podemos cair no erro de julgar todos da mesma forma.”
Apelou à responsabilidade pública nas palavras. “Dizem que o Kiko vive às custas de likes, como se ele não honrasse isso. Mas eu acho que honrou, e muito. Todos os likes que ele tem são merecidos”, começou por sublinhar.
Filipa foi mais longe e apontou o dedo à incoerência: “A verdade é que o António Leal e Silva, que eu também reconheço as suas capacidades, também deu aqui um salto na carreira, porque começou a fazer vídeos e também a conquistar likes. Não há vergonha nenhuma nisso. A vergonha é apontarmos o dedo sem olharmos para nós (…) Sinto que este discurso por parte destas duas pessoas foi o mando de câmara de um discurso de ódio. Atenção: o mando de câmara não é um discurso de ódio, mas foi o mando de câmara de um discurso de ódio.”
E rematou, “Peço que se instruam sobre estas temáticas, porque são muito sérias e dizem respeito a todos. Isto não é só gostar mais do A ou do B. O que eles disseram foi sério e foi grave. Peço que se retratem.”