Em entrevista ao programa “Alta Definição”, da SIC, Teresa Guilherme falou de um momento marcante na sua vida.
“A minha avó, eu atropelei-a no dia em que levámos o meu pai para um lar, portanto, foi uma coisa que ninguém faz, parece uma anedota, mas não é. É uma coisa muito grave. O meu pai teve dois ou três AVC e não podia ficar em casa, tinha voltado para casa da minha avó, já nos seus 50 e muitos”, começou por recordar.
“Então, decidiu a minha avó que ele teria que ir para um lar, na verdade uma casa de repouso. Chamou-se uma ambulância com toda a calma, no dia 15 de agosto, que ainda me lembro, no primeiro ano que eu fiz televisão. Ele foi na ambulância, porque a minha avó não quis ir na ambulância, porque tomou aquela decisão e não havia nada a fazer e foi no carro comigo”, prosseguiu.
“Eu sempre fui muito má condutora e lembro-me de estar impressionada, estar a olhar para o meu pai na ambulância e as pessoas estavam numa janela, havia uns prédios, a dizer: ‘Olha aquela é da televisão’. Não foi por causa das pessoas, mas tudo aquilo mexeu um bocado com a minha falta de jeito“, explicou.
“E eu disse à minha avó: ‘Vou arrumar ali, sai e vai lá ao pé do pai para ele não estar tão ansioso’. E a minha avó saiu, mas tal como eu estava a olhar para uma coisa menos bonita, não era o alegre Luís dela, era uma pessoa que estava ali em sofrimento. Então o que eu fiz foi: olhei [para trás] para fazer a manobra e quando olhei outra vez foi por causa do barulho, ela saiu, ficou a olhar para ele com a porta aberta e eu quando recuei bati-lhe com a porta. Quando caiu, partiu o colo do fémur e pedi ao senhor da ambulância para levar a minha avó para o hospital. E fui atrás, a chorar para aliviar (…) E eu fiquei ali no hospital, sozinha, à espera que ela fosse ser operada. (…) Ela recuperou em casa com fisioterapia”, rematou. Vê aqui o vídeo.
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