Funcionário da funerária que tirou foto de Maradona está a ser ameaçado de morte
«Recebi ameaças. Sou do bairro, todos me conhecem. Dizem que vão matar-me, que vão partir o carro, ameaçam os meus filhos e não sou esse tipo de pessoa. »
Diego Armando Maradona foi velado na manhã desta quinta-feira (26) em Buenos Aires, após ter falecido na quarta-feira aos 60 anos com um ataque.
Só que os funcionários da funerária, tiraram fotos com o corpo de Maradona no caixão e publicaram nas redes sociais.
De acordo com a imprensa internacional, um dos funcionários já foi demitido e o dono da funerária já pediu desculpas à família (aqui).
Agora um dos que aparece na fotografia, Cláudio Fernández, falou à imprensa argentina.
“Eu trabalho com várias agências funerárias há vários anos. Não tiro fotos a falecidos, por respeito. Mas que posso dizer? Estávamos a acomodá-lo, preparando-o para o levar e alguém diz ‘olha para aqui’. Eu olhei, o meu filho é um miúdo e levantou o polegar. Peço respeito e perdão a todos. Fiz o serviço fúnebre do pai do Maradona, do cunhado e nunca fiz algo assim. Nunca lhe fiz isto em vida, sabendo que ele é meu ídolo não vou o fazeria na sua morte. Não há intenção. Sei que muitas pessoas ficaram ofendidas, sei que levaram mal. Estou a receber todas as ofensas possíveis, sei que incomodou. Mas isto nunca tinha acontecido antes.”
“Recebi ameaças. Sou do bairro, todos me conhecem. Dizem que vão matar-me, que vão partir o carro, ameaçam os meus filhos e não sou esse tipo de pessoa. Essa foto não foi tirada do meu telemóvel, foi tirada a partir de outro, isso é o pior de tudo. Nunca pensei que iriam publicá-la, que eles iriam passá-la a um grupo ou torná-la viral. Peço desculpas à família Maradona.”
“O Maradona era um ídolo para todos. Meu e de toda a gente. O que fiz não foi intencional, nem da minha parte nem do meu filho. Chamaram-me da empresa, acusaram-me por algo que não fiz. Mas a empresa não tem culpa. Se virem bem a foto, chamaram-me e eu apenas levantei a cabeça, estava a acomodá-lo. O meu filho levantou o polegar. Nada mais, foi instantâneo. O que eu mais queria era deixá-lo [a Maradona] como um ídolo, para que todos pudessem despedir-se dele.”
“O meu filho trabalha comigo, há sete anos que estávamos na empresa. Sei que nunca vão conseguir colocar-se no meu lugar, mas peço desculpas publicamente. A todo o Mundo. Peço desculpas à Claudia, à Giannina, a toda a família Maradona, a toda a gente. E também à agência funerária, que não teve culpa disto”,