O ator Bruno Candé foi assassinado em julho do ano passado, numa rua de Moscavide.
Evaristo Marinho, o autor do crime, foi hoje condenado a 22 anos de prisão por homicídio qualificado, mais dois anos por posse de arma ilegal, totalizando uma pena única de 22 anos e nove meses decretada pelo Tribunal de Loures.
O homicida «mostrou frieza de ânimo e reflexão sobre os factos», afirma a juíza presidente do coletivo na leitura da sentença. Evaristo terá de pagar ainda 120 mil euros de indemnização à família da vítima.
O acórdão garante ainda que ficou demonstrado que o arguido foi motivado por ódio racial e que o homicídio foi premeditado. «Vai para a tua terra, preto! Tens toda a família na senzala e devias também lá estar!», terá dito Evaristo na discussão com Bruno Candé, gritando ainda que «tenho lá armas em casa do Ultramar e vou-te matar».
Nos dias seguintes, o arguido passou diversas vezes na mesma rua com uma pistola calibre 7,65 milímetros, esperando voltar a encontrar a vítima, que habitualmente passeava a cadela no local.
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