Maria Botelho Moniz recebeu Inês Simões no programa «Goucha», e a antiga moranguito falou do que sentiu quando saiu da série juvenil. Acabo por se dedicar à sua formação.
“Tu quando acabas, por exemplo, uma novela como Os Morangos com o Açúcar, nós não podíamos praticamente sair à rua. Eu quando ia ao cinema, eu tinha que ir ao cinema depois do filme começar e tinha que sair antes de acabar. Nunca via o fim do filme. Depois perguntava, então, como é que é o filme? Então, nunca conseguia ver até o fim. Tens aquela exposição toda. E depois, de repente, acaba-te tudo. Tiram-te ali o tapete e tu ficas um bocado, e agora, o que é que vou fazer’“, começa por dizer.
Acabou por seguir a sua vida académica, e revelou que andava indecisa em duas áreas: psicologia ou advocacia, “Eu acho que são duas áreas que tu precisas de saber comunicar, que precisas de conseguir expressar, de argumentar. Uma boa análise. Uma boa análise. E a psicologia… eu, na altura, comecei a ler muito sobre psicologia, comecei a ler muitos livros. E pensei-lhe, eu vou por aqui. Inicialmente, queria ir para a clínica, mas depois tive a oportunidade de fazer um estágio num hospital em Almada. E disse, não, se calhar não é bem isto que eu quero, então não vou para a clínica.”
Acabou por seguir outro rumo, “e mudei para a psicologia das organizações, o que é ótimo, porque tu consegues traçar o perfil dos funcionários, dos colaboradores, das pessoas que se estão a candidatar, os candidatos.”
Confessa que esta sua formação traz ainda hoje muitas mais valias, “consegues, no fundo, reagrupar toda a empresa, que é a área de recursos humanos. Traz-me coisas ótimas, lha, para o Big Brother dá-me imenso jeito , porque consigo ali ver algumas coisas, algumas características.”
«SÃO SEMPRE OS MESMOS ATORES»
Inês Simões gostaria de estar ligada à moda, mas a televisão só veio mais tarde, “só que a representação, e tu também sabes disto, Maria, quando nós fazemos, quando nós vemos lá, quando nós sentimos aquele bichinho, depois é muito complicado porque é viciante, e nós conseguimos numa personagem colocar várias valências, vários traços, várias nuances de personalidades que não são a nossa. Mas que conseguimos usar aquela personalidade para fazer coisas diferentes, para experimentar.”
E deixa algumas farpas, “tenho saudades de representar, depois fiz outras coisas, tive a oportunidade de fazer outras coisas. Depois dos Morangos com o Açucar, fiz a ‘fala-me de amor’, participei num filme, estudei lá fora, tive essa oportunidade de poder estudar em Pinewood, em Londres, na parte da representação, mas tenho a perfeita noção que aqui o mercado é muito curto, ou seja, há poucas opções, há poucas oportunidades. Há pouco espaço, há pouco espaço. São praticamente sempre os mesmos atores, porque têm contratos, porque não têm, ou porque às vezes a produção assim o exige, mas estou super tranquila com isso e estou de coração aberto.”