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Irmã de Fanny Rodrigues fala sobre a morte dos filhos gémeos: “Eles foram embora porque Deus o quis”

Carina Rodrigues abriu o coração no programa "Dois às 10", da TVI.

A irmã de Fanny Rodrigues esteve esta manhã na TVI para falar de um momento muito complicado.

Em maio a irmã de Fanny Rodrigues perdeu os filhos gémeos, um momento de dor que foi contado em primeira mão no programa “Dois às 10” desta quarta-feira (3).

Os meus filhos vieram, porque Deus assim o quis. E eu sei que eles foram embora, porque também Deus o quis“, começou por referir.

Aos seis meses de gestação, Carina Rodrigues enfrentou uma situação delicada: “No inicio do mês de maio, eu tive um ecografia em que se apercebem que eu queixava-me de muitas dores nas costas e eu comecei a ter muitos inchaços nas pernas (…) e apercebermos que o Delman está a fazer pressão no meu rim direito, em que o canal está a dilatar e cria mais possibilidades para uma infeção urinária. Logo aí comecei a tomar medicamentos para prevenir o caso“.

E no dia 3 de maio, foi detetada a tal bactéria que acaba por matar os meus filhos no meu xixi (…) Estou eu fazer a minha vida como costume. Na quinta-feira, não tinha tido sinais de nada, sem ser o que depois me apercebi o que era. Na quinta-feira à tarde, sem eu saber tive assim uns corrimentos“, explicou.

Na sexta-feira, dia 13 de maio, quando me levanto senti-os as mexer. Quando meu deito na sala, eram 10h28. Comecei a sentir uma pressão em baixo da barriga. E eu ‘Alto, que está aqui alguma coisa que não está bem’. Às 10h53, decido ligar às urgências“, relatou a jovem.

Eu senti que naquele momento não os ia perder, eu só senti que algo não estava bem. E quando eu desço as escadas com muita dificuldade, entrei no carro com muita dificuldade. A única coisa que eu pedia era ‘esqueçam de mim, eu não existo. Eles é que são o futuro, eu já não sou nada“, acrescentou.

Carina Rodrigues teve o filho Enzel nos braços durante 18 minutos: “Eu começo a chorar, mas não é de tristeza, é de felicidade (…) E quando o meu filho estica a mãozinha, eu falei para ele, cantei para ele. Eu só dizia que ele tinha que ir quando quisesse“.

O filho Delman nasceu dois dias depois e esteve igualmente 18 minutos vivo: “Ele estava bem. O pior era eu. A casa não estava segura, não estava firme (…) Eu sentia que não estava a proteger o meu filho. Culpa por causa de uma bactéria que não sei de onde veio, o meu útero não estava a aguentar“.

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