Joana Madeira sobre a Casa 7 “Paneleiragem é também amor”
Esta quarta-feira, dia 8, Joana Madeira deixou um longo texto na sua página do Instagram, onde abordou o casal da Casa dos Segredos 7, Luan e Tiago.
Fica com a totalidade do texto de Joana Madeira:
“Há um casal gay na casa dos Segredos. E depois? É bom. E é bonito. A televisão precisa de mais casais assim. Casais que não tenham essencialmente medo de se amar. O amor, para mim, é sempre corajoso.
E sim, isto é o amor na sua forma mais pura. Sem olhar a género, sexo, raça ou religião ou censuras. É amor e ponto final. Amor, que é coisa que, por outro lado, nunca deve ter acontecido a quem ouço dizer, e passo a citar: “aquilo agora é só paneleiragem.” Paneleiragem meus senhores, é também amor. E por isso é um sentimento que move montanhas. E é o amor que une estes dois rapazes. Vou ter que escrever com alguma dureza ou até brejeirice, pois quem chama a um casal do mesmo sexo de paneleiros só assim me pode entender. Ora, meus senhores deixem-me então tentar explicar mais uma vez e à minha maneira isto. Eles não escolheram. Não acordaram um dia e decidiram, agora vou ser paneleiro. Eles são assim desde de sempre. Eles sabem-no desde que nascem. São inteligentes ao ponto de um dia, mesmo sabendo que pessoas como tu lhe vão apontar o dedo, se assumirem. De se tratarem bem, de se mimarem. E tu? Tu, meu caro heterossexual, tratas bem a tua mulher? Dás-lhe mimo? Dizes que gostas dela? Talvez não. Se o amor já te tivesse atingido saberias que não há nada acima do amor. Nada mais forte. O amor é muito mais que umas quecas. É amizade, é carinho e companheirismo. É claro que não podes saber isto. És um labrego que acha que duas pessoas do mesmo sexo não se podem amar. O retrógrado que diz que ” O homem foi feito para mulher”. Aquilo agora é só paneleiragem, foi esta a frase que eu ouvi e que me irritou. Pois eu acrescento, ainda bem que é. Enquanto eles distribuem amor, pessoas como tu, morrem tristes, raivosos e a espumar da boca. Como bons cepos que são. E eu gosto tanto dos meus, “os meus paneleiros.””