João Baião lançou um livro autobiográfico, “O Outro Lado da Alegria”, onde partilha episódios inéditos da sua vida.
Num dos capítulos, o apresentador da SIC recordou: “Quando acabou a Grande Noite [programa da RTP entre 1990 e 1993] rebentei uma corda vocal. Estava sempre em esforço, dava, e dou, sempre tudo…”, cita a revista Nova Gente.
“Fui operado. Foram dias terríveis, eu só imaginava o pior, tinha muito medo de perder a voz. Mas foi uma grande lição, porque, a partir dai, passei a ter uma maior consciência, comecei a tomar conta de mim, da minha voz. Procurei professoras diferentes e acabei por ir ter com a craque de todos os cantores e atores que se chamava… chamar-se-á sempre Cristina de Castro. Ainda hoje, quando ouço a palavra ‘rouco’, até fico às riscas com os nervos. Mexeu muito comigo, muitíssimo”, acrescentou.
“Não deprimi, mas fiquei preocupado. A Cristina de Castro ajudou-me, porque eu falava muito e sempre em esforço, falava sempre pela garganta. A Cristina deu-me a lição certa, ensinou-me tecnicamente a forma de falar mais, como se diz, pela ‘máscara’. Significa pôr a voz aqui à frente, na zona do nariz. Em vez de fazer ‘ah’ pela garganta. Fui aprendendo”, rematou.
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