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Jorge Costa: ‘É um monstro sagrado do Futebol Clube do Porto’

"Depois de Fernando Gomes e João Pinto, o Jorge Costa foi claramente, de longe, muito longe, o homem que melhor soube interpretar a mística, a raça, a causa do Futebol Clube do Porto."

Jorge Costa morreu hoje, 5 de agosto de 2025 com 53 anos, após não ter resistido a uma paragem cardiorrespiratória.

Aconteceu nas instalações de treino dos dragões, no Olival, em Vila Nova de Gaia, foi assistido no local, transportado para o hospital São João no Porto, mas não resistiu.

O diretor do site ZEROZERO, na SIC Notícias, fez um apanhado de toda a situação, “É um monstro sagrado do Futebol Clube do Porto e diria, pelo menos no meu tempo de vida, um dos três grandes capitães que o Porto teve. Depois de Fernando Gomes e João Pinto, o Jorge Costa foi claramente, de longe, muito longe, o homem que melhor soube interpretar a mística, a raça, a causa do Futebol Clube do Porto. E o André Villas Boas, felizmente, ainda foi a tempo de corrigir um erro histórico que o Porto, ainda com o Pinto da Costa, tinha cometido ao votar ao ostracismo um dos grandes futebolistas da instituição.”

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TUDO O QUE JORGE GANHOU

“O Jorge Costa, aqui à boleia dos números ZEROZERO, é o oitavo jogador com mais jogos pelo Futebol Clube do Porto e um homem que tem um currículo absolutamente invejável. Oito vezes campeão nacional, cinco taças de Portugal, cinco super taças, um campeonato do mundo, uma liga dos campeões, uma liga Europa e podíamos continuar. Era, de facto, o monstro sagrado da história do Futebol Clube do Porto que ainda veio ao tempo de viver o seu último ano de vida ao serviço do clube que mais amava.”

FALA AINDA DE QUANDO PRIVOU COM O BICHO

“Só mesmo para acabar esta minha primeira intervenção, eu tive a felicidade de privar algumas vezes com o Jorge Costa, a última das quais, em dezembro de 2022, em Viseu, passei um dia com o Jorge Costa, estava ele em grande no académico como treinador e deu-nos uma entrevista ao 00 já bastante interessante, onde falou abertamente sobre o seu problema de saúde, o infarto que sofreu no verão de 2022. Disse-nos que tinha deixado de fumar, que estava mais calmo, que tinha que estar mais calmo, mas nós sabemos que agora com o regresso ao Porto, não estou a dizer que foi esta a causa, obviamente, mas é agitado este mercado de transferências, é uma vida muito agitada viver no futebol profissional.”

UM MÊS DEPOIS DA TRAGÉDIA COM DIOGO JOTA

“Senti que o Jorge Costa estava, de facto, de bem com a vida, estava um homem sereno, muito calmo, nada a ver com aquele jogador agressivo que nós nos habituamos a ver na realidade. Portanto, o Jorge Costa depois, quando veio para o Porto, cruzei-me uma vez com ele quando fui entrevistar o Vítor Bruno Olival, curiosamente até há uma história engraçada porque nós paramos o carro num sítio proibido, que era do Jorge Costa, e ele mal viu aquele carro mal proibido, veio logo para cima de nós, mas quando viu que era eu, veio-me logo abraçar e pedir desculpa. O Jorge Costa era um bocado emocional, mas também com um coração fantástico, um homem também com uma visão sobre a vida muito interessante.

E, de facto, um mês depois de ter estado convosco a falar sobre o falecimento do Diogo Jota, estou aqui novamente com um coração pesado porque o Jorge Costa era, além de ser um monstro sagrado do Porto, era acima de tudo um homem bom.”

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