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José Eduardo Moniz revela que já se andou a esbanjar muito dinheiro na televisão

"Já se fez televisão com muito dinheiro, mas não é possível continuar a fazê-lo da mesma forma. Esbanjou-se dinheiro..."

A estação de Queluz de Baixo celebra hoje, 20 de fevereiro, 32 anos de história e serviço à comunidade.

José Eduardo Moniz, diretor-geral da estação, esteve à conversa com o Goucha na tarde desta quinta-feira (20), e acabou por confessar que já se andou a gastar demasiado dinheiro em televisão.

Começa por revelar que o day time/prime time da TVI está sempre em constante alteração, “quando nós introduzimos programas novos, e se verificar bem, o nosso day time, em grande parte, já é diferente daquilo que era há um ano atrás, há dois anos atrás, e ainda não chegámos ao final do ano. O nosso prime time também não há de ser igual daqui a dois ou três anos, não vai necessariamente ser igual, porque nós estamos em evolução constante.”

A TVI tem de se manter ativa, não podem parar, mas claro que têm de ter os pés assentes na terra financeiramente, “portanto, o que eu gostaria era que as pessoas tivessem a perceção de que nós estamos aqui a trabalhar com os pés bem assentos no presente, mas com a noção de que, se não fizermos nada hoje, daqui a dois ou três anos, a nossa posição como televisões jornalistas é irrelevante. E, portanto, nós temos que nos manter relevantes. Para nos mantermos relevantes, temos que ser criativos.”

José Eduardo Moniz revela que já se andou a esbanjar muito dinheiro na televisão

É aqui que fala que se andou a esbanjar dinheiro, “temos que ser criativos e corajosos, e ter capacidade de arriscar, preservando uma coisa que é essencial e que, muitas vezes, não vejo à minha volta, que é a noção de que os recursos são escassos. Sendo os recursos escassos, têm de ser muito bem aproveitados. Já se fez televisão com muito dinheiro, mas não é possível continuar a fazê-lo da mesma forma. Esbanjou-se dinheiro”

Acabou por explicar as suas ideias acerca do ‘esbanjar dinheiro’, “Nós, muitas vezes, podemos ter uma novela, ou um programa, que custa menos 10 mil euros, ou menos 20 mil euros, do que aquilo que nós lá estamos a colocar, e ter mais resultado, ou melhor resultado, do que uma que tem mais 30 mil ou mais 40 mil. Nem sempre o que custa mais dinheiro é aquilo que nos traz melhores dividendos. Portanto, nós temos de ter a noção de que a nossa capacidade criadora nos pode permitir transpor obstáculos grandes, do ponto de vista da chamada resistência financeira. O mercado é o que é.”

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