Luís Borges deu uma entrevista à revista ‘Cristina’ de julho e falou sobre o ex-marido, Eduardo Beauté, que morreu em setembro de 2019, na sequência de uma embolia cerebral fulminante.
“A minha mãe faleceu dois meses antes. Consegui fazer o luto dela, chorar, sofrer. Quando foi a morte do Eduardo, tive de mudar o chip logo, porque tinha três crianças a precisarem de mim. Não dava. Tinha de estar bem ao pé deles, dar-lhes o meu amor. Foi das piores fases da minha vida”, recordou.
“(…) Sei que quando estive com o Eduardo a nossa relação era muito exposta. Ele gostava muito de dar entrevistas, e era algo que a mim me incomodava um bocado. Queria ter a minha vida, fazer as minhas coisas, trabalhar, sem ter de estar com a imprensa sempre em cima”, acrescentou.
“Quando o Eduardo morreu, a imprensa não me respeitou. As primeiras notícias quase me culpavam da morte dele. Foi muito feio. As pessoas não sabiam o que se passava entre nós, não sabiam que éramos amigos, que partilhávamos a vida em prol dos miúdos. Quando aconteceu a morte dele, havia aquela coisa do “foi por causa do Luís Borges”. É o pior que se pode escrever. Acho que, quem o escreveu, não pode ter filhos”, lamentou.
“Isto é uma coisa que me desilude muito em Portugal. Tenho 17 anos de carreira como manequim, e as pessoas só se focam na minha vida privada. O outro que andava com o velho. Acho muito injusto. Acham que a nossa relação foi por interesse. É injusto. As pessoas não sabem as coisas. Não sabem o que eu ganhei a fazer campanhas internacionais. O facto de ser gay já é um rótulo. Cheguei a ler “Adotou as crianças só para aparecer”. Mas se eu fosse uma figura pública, com estatuto, hétero, diriam o mesmo? Essas coisas magoam, mas a verdade é que havia três crianças a precisarem de amor e eu e o Eduardo fomos buscá-las, para lhes dar precisamente isso”, desabafou Luís Borges.
Recorde-se que Luís Borges e Eduardo Beauté estiveram casados entre 2011 e 2016 e adotaram três filhos: Lurdes, Bernardo e Eduardo.