Geral

Luís Osório homenageia Constança Cunha e Sá: “Uma mulher muito forte num mundo de homens”

Luís Osório escreveu uma crónica no JN sobre Constança Cunha e Sá. O jornalista recorda a 'mulher forte num mundo de homens' e a paixão por Vasco Pulido Valente.

A morte de Constança Cunha e Sá continua a motivar reações profundas no setor da comunicação social.

Luís Osório assinou uma crónica no Jornal de Notícias (e, entretanto colocou nas suas redes sociais) onde presta homenagem à antiga diretora do Independente, descrevendo-a como uma figura que rompeu barreiras num meio então dominado pelo género masculino.

“Era uma mulher muito forte num mundo de homens. No jornalismo, como na política, as salas de fumo estavam reservadas para eles, mas Constança nunca ligou ao predeterminado, ao que ficava bem e, sobretudo, ao que os outros pensavam ser o correto”, escreveu o jornalista.

Osório recordou o momento em que a conheceu no bar Snob, acompanhada pelo terceiro marido, António Ribeiro Ferreira, definindo-a com adjetivos fortes, “Constança era excessiva, absoluta, injusta e apaixonada. Tinha uma cultura que a tornava implacável no mágico e perverso ofício da retórica”.

Ainda destaca a entrega total de Constança à profissão, que vivia “24 horas por dia”, cultivando fontes pela noite fora em sessões que ficaram para a história, “São épicas as noites de copos em que na sua mesa se tentava salvar o mundo e lendárias as discussões com Vasco Pulido Valente, talvez a paixão da sua vida. Quando falavam um ao outro, mesmo que o restaurante estivesse a abarrotar, só eles pareciam existir”, recordou Luís Osório.

O texto termina com um lamento sobre o vazio deixado pela sua partida, “Uma mulher corajosa, magnética e que marcou um tempo que dificilmente voltará”.

Publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Botão Voltar ao Topo