María Teresa Campos faleceu esta terça-feira, 5 de setembro, aos 82 anos de idade, num hospital em Madrid.
A apresentadora e jornalista espanhola estava internada com uma insuficiência respiratória aguda e o seu estado de saúde agravou-se nas últimas horas.
Cláudio Ramos já reagiu à notícia no Instagram: “Quem gosta de televisão e de programa diurnos perde hoje uma absoluta referência. Eu cresci a vê-la fazer boa televisão. Maria Tereza Campos a rainha da televisão em Espanha morreu. Estava há mais de um ano afastada da vida pública, depois de numa entrevista ter ‘suplicado’ para que alguma estação de televisão lhe desse um projecto, uma pequena colaboração que a pudesse manter activa porque não aguentava o facto de não se sentir valorizada. Recusava-se a sair de cena, a ficar em casa“, começou por escrever.
“Durante largos anos foi a rainha das manhãs televisivas. Foi pioneira nas tertúlias políticas e de actualidade nos programas da manhã, meteu donas de casa da época a falar destes assuntos no dia a dia e transformou as manhãs num lugar aberto onde se passou a falar de tudo. Liderou anos. Muitos anos na Telecinco – deixando depois o lugar a Ana Rosa Quintana ao protagonizar uma polémica e desastrosa transferência para a Antena 3 onde os programas nunca vingaram. Voltou depois à Telecinco. Recusava-se a deixar de trabalhar. Sentia-se capaz. Amada por um País inteiro. Morreu aos 82 anos e nesta vida da ‘farândola’, como dizem eles, fica a pergunta, será que em algum momento da sua carreira Maria Tereza deu um passo errado? Porque a partir de certa altura o brilho dos olhos não era o mesmo, as mãos que sublinhavam as frases assertivas não o faziam com a mesma garra. Devagarinho foi-se apagando… Não que isso se relacione com a morte, que essa é inevitável, mas com o facto de a imagem que fica dela dos últimos anos é a de uma mulher profundamente triste porque não soube, não quis ou não se preparou para a saída. Triste e magoada“, acrescentou.
“A mim ensinou-me muito. Ensinou-me por exemplo, que um apresentador não é – nem deve aceitar ser – um papagaio. Que no dia que o for não está a respeitar o público, está a pensar pela cabeça de outra pessoa. Que um apresentador tem opinião e direito a ela mesmo que não agrade a todos. Que se o apresentador tem mãos, não deve ter medo de falar com elas. Ensinou-me que neste mundo não há unanimidade e mais importante, que não se deve viver na ânsia de quer agradar a todos. É mito!“, rematou o apresentador da TVI.
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