A família de Angélico Vieira requereu a realização de uma perícia à letra e assinatura do cantor para provar que este não era o proprietário do BMW, ao volante do qual se despistou e morreu, em 2011.
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João Nabais, nega que o cantor seja o proprietário do BMW, tal como defende o stand Impocar, que é réu no mesmo processo. A mãe do cantor garante que a assinatura que consta no documento de compra e venda do veículo, apresentado pela Impocar, não é a de Angélico e acusa Augusto Fernandes, o dono do stand, de ter falsificado o documento. Esta acusação já motivou a extração de uma certidão para investigação de um eventual crime de falsificação de documentos, que corre termos no Ministério Público da Póvoa do Varzim.
A mãe de Angélico alega ainda que o seu filho “nunca pretendeu adquirir qualquer BMW” e adianta que o cantor estabeleceu um acordo com Augusto Fernandes mediante o qual este disponibilizava veículos de alta cilindrada e, em contrapartida, Angélico fazia publicidade ao stand. A defesa de Angélico defende ainda que o acidente não ocorreu em virtude de qualquer violação de norma de trânsito, como alegam os pais de Hélio Filipe. “O veículo não circulava em velocidade excessiva para o local e segurança do tráfego, muito menos que justificasse o rebentamento do pneu, caso este estivesse em boas condições”, lê-se na contestação, a que a agência Lusa teve hoje acesso.
A defesa do cantor realça ainda a atuação “ilícita e culposa” de Hélio Filipe, considerando que as lesões que o amigo de Angélico sofreu “não teriam ocorrido caso o mesmo viajasse com o cinto de segurança devidamente colocado”. Por último, entendem que a existir qualquer responsabilidade, terá a mesma de ser “bastante reduzida”, porque os valores de indemnização pedidos são “manifestamente exagerados e desajustados”. Os pais de Hélio Filipe intentaram uma ação no Juízo de Grande Instância Cível de Aveiro, contra a mãe do cantor, que responsabilizam pela morte do seu filho, e reclamam o pagamento de 236 mil euros.
A ação visa ainda o Fundo de Garantia Automóvel, o stand Impocar e um antigo proprietário do automóvel. Os autores consideram que o facto de Hélio não trazer cinto de segurança na altura do acidente, como consta no inquérito, é “irrelevante” para o seu falecimento, concluindo que este facto “deve ser atribuído exclusivamente à extrema violência do embate do veículo que Angélico conduzia e à velocidade em que seguia”.
O cantor e ator Angélico Vieira morreu no Hospital de Santo António, no Porto, dias após o acidente que ocorreu na A1, em Estarreja, pelas 03:15 de 25 de junho, provocando também a morte do passageiro Hélio Filipe e ferimentos nas ocupantes Armanda Leite e Hugo Pinto. As autoridades concluíram que a viatura se despistou na sequência do rebentamento de um pneu, na altura em que o veículo seguia a uma velocidade entre 206,81 e 237,30 km/h e realçam que Angélico, assim como o outro passageiro da frente, seguiam com cinto de segurança.
JYDN // JGJ / Lusa
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