Na parte final da entrevista de Manuel Luís Goucha a Nuno Morais Sarmento, tivemos uma confidência com mais de 20 anos.
A estrela da TVI começa por revelar, “deixe-me dizer-lhe porque é que gosto de si há muito tempo. Em 2003, o senhor era ministro com a tutela da RTP, permita-me esta inconfidência, possivelmente não se lembra disto”.
“Há uma entrevista que sai no Expresso, eu tinha vindo para a TVI e a Catarina Furtado tinha saído da SIC para a RTP, e há uma entrevista que sai no Expresso onde o senhor diz, ‘nós ficámos a ganhar com a troca, porque o Manuel Luís ganhava X e a Catarina Furtado vai ganhar Y'”, continua.
E continua, “E eu então enviei-lhe uma carta, porque achei que não estava correta a sua visão, porque certamente não estaria bem informado, enviei-lhe uma carta a explicar que a Catarina Furtado iria ganhar X para fazer a Operação Triunfo, que eram 4 programas por mês, de uma hora ou duas horas, e eu ganhava Y para 22 programas por mês, por 3 horas.”
A história depois acabou assim, “passada uma semana, recebi um telefonema seu, não seu, mas da sua secretária. E eu vim adentro, ou de uma das suas secretárias, a marcar uma reunião, penso que era no seu gabinete de ministro, e o senhor chamou-me ao seu gabinete para me pedir desculpa, porque estava mal informado. O senhor não tinha o que fazer, e eu percebi de que qualidade é que o senhor é feito naquele dia, e por isso eu gosto de si. Muito bem. Desejo-lhe as maiores felicidades. Muito obrigado para si também. E obrigado no meu braço.”