Manuel Luís Goucha publicou um vídeo no Instagram onde revela que vai votar na Aliança Democrática (AD) nas eleições legislativas, “pela mudança do meu país”.
O apresentador da TVI recordou que foi em 2011 que foi um governo socialista que levou o país à falência, “e que chamou a troika, e mais recentemente foi um governo socialista que com maioria, que nada fez“.
Goucha acrescentou que este governo nada fez e “não implementou as reformas estruturais que são necessárias no nosso país, e acha estranho que um dos candidatos se diz ser fazedor, mas estava lá e nada fez“.
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Bruno Almeida, ex-concorrente do “Big Brother 2021”, fez questão de reagir: “Por mais que tenha um enorme respeito pelo Manuel Luís Goucha, por mais que tenhamos falado sobre este assunto e tenha entendido o ponto de vista dele (nunca se sentiu protegido pela comunidade LGBTQIA+), não posso concordar com este discurso público a apelar ao voto num partido que defende que pessoas como ele, como eu e como milhões de outros portugueses sejam condenados à invisibilidade e ao ostracismo“, começou por escrever num InstaStory.
“Eu também sou um homossexual privilegiado. Eu também nunca me senti protegido pela comunidade LGBTQIA+ e pior, nunca senti o agradecimento por ter dado a cara para acabarmos com uma norma da Direção Geral de Saúde que desrespeitava o mais básico dos princípios, o da igualdade. Mas penso ter atingido o patamar em que a priori, estou garantido em sociedade. Não acho que me vá faltar trabalho, dinheiro, proteção, um tecto ou cuidados de saúde. Mas eu não voto por um país que olha para todos os seus cidadãos com igualdade e respeito, em que todos temos as mesmas oportunidades e somos olhados de igual forma. Não votaria nunca num partido que faz um esforço gigante para aceitar a minha mera existência“, acrescentou.
“Quando forem votar, não façam como o Manuel Luís Goucha, não votem só por vocês. Votem sempre a pensar que à vossa volta há muito sofrimento (se não forem egoístas serão capazes de o ver). Votem a pensar que, a partir do momento em que a existência de alguém não é respeitada, então a vossa existência, algures num futuro próximo, também pode ser posta em causa“, apelou Bruno Almeida.
“Reitero que tenho imenso respeito pelo Manuel Luís Goucha mas deixei de o seguir no Instagram. Não sei conviver com a falta de empatia e, mesmo que nos tenham magoado aos dois, há que, ainda assim, saber ser a melhor pessoa. Beijo-o com carinho e espero que um dia consiga entender que a luta para não cairmos de novo na escuridão de há 50 anos é constante, necessária e para sempre“, rematou.
