Marcantonio Del Carlo publicou um comunicado no Facebook, esta sexta-feira, 8 de março.
É que o Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e do Notariado (STRN) denunciou ao Ministério Público o ator por este “ter publicamente declarado ter conhecimento de um caso de corrupção e não ter atuado em conformidade“.
No programa “Júlia”, Marcantonio Del Carlo disse que conheceu “uma situação em que por 5.000 euros em Portalegre se obtinha logo a nacionalidade portuguesa“, algo que configura “a postura de ilegalidade de um cidadão que, tendo conhecimento de um crime, não o denuncia“.
Em comunicado, Marcantonio Del Carlo esclareceu que a sua “conversa com a Júlia Pinheiro no programa da SIC, expressou apenas a minha mágoa em virtude de ainda não ter conseguido ser português, pela impossibilidade de contornar o obstáculo legal de apresentação do certificado do registo criminal do país da minha naturalidade (Zimbabué), local de onde saí com apenas seis meses“.
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“Nunca difamei nem foi minha intenção difamar quem quer que fosse e muito menos pôr em causa a honorabilidade, competência e imparcialidade dos Serviços de Registo e Notariado de Portalegre ou de qualquer outra localidade. Tenho e sempre tive um enorme respeito pelos profissionais do sector com quem me fui cruzando ao longo de 40 anos em Portugal. Precisamente pelo muito respeito e admiração pelos serviços públicos em particular os dos Registos e Notariado, o meu processo de nacionalidade foi instruído em cumprimento escrupuloso da lei, conduta que tem pautado toda a minha vida, prova disso mesmo foi a publicação que fiz a 25 de outubro, aquando da entrada do meu pedido de Nacionalidade nos Registos Centrais em Lisboa, em que enalteço os profissionais do sector pelo apoio prestado e pelo aconselhamento que me foram dando quer a mim, quer à minha advogada”, acrescentou.
“O que pretendi foi chamar à atenção que paralelamente a esta via legal, fui contactado por pessoas exteriores àqueles serviços que pretenderam agir como intermediárias (possivelmente por meio de ilegalidades e a troco de dinheiro) e que prometiam obter a minha nacionalidade, tentando enganar os Registos e Notariado de Portalegre, o que recusei veementemente! O acontecimento ocorreu há uns anos, fiquei profundamente chocado com o teor do mesmo e não denunciei, pois as chamadas foram sempre efetuadas de números anónimos”, explicou.
“Se a minha declaração foi mal interpretada, possivelmente por dificuldades de expressão (pois em momento algum afirmei que os profissionais dos Serviços dos Registos e Notariado estavam envolvidos nesta tentativa de extorsão de dinheiro) e se de alguma forma feriu suscetibilidades, quero publicamente pedir desculpa a todos aqueles que direta ou indiretamente se sentiram ofendidos. O que desejo profundamente é ser finalmente português, país de trago no meu coração há 40 anos e que me tem acolhido com tanto carinho ao longo todos estes anos e de toda a minha carreira“, rematou.
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