Marcelo Rebelo de Sousa está ‘debaixo de fogo’ após declarações sobre os abusos sexuais na Igreja Católica Portuguesa.
“Haver 400 casos não me parece particularmente elevado porque noutros países com horizontes [temporais de investigação] mais pequenos houve milhares de casos”, disse na passada terça-feira, 11 de outubro.
As críticas não se fizeram esperar e o Chefe de Estado viu-se obrigado a emitir um comunicado: “este número não parece particularmente elevado face à provável triste realidade, quer em Portugal, quer pelo Mundo”, referiu (aqui).
Esta quinta-feira, 13 de outubro, à margem de uma conferência na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa falou aos jornalistas e pediu desculpa: “A minha intenção não foi ofender quando disse o que disse, mas se porventura entenderam, uma que seja das vítimas que está ofendida, eu peço desculpa por isso. Não era esse o meu objetivo”.
O Presidente da República considera que foi mal interpretado: “O meu objetivo era exatamente o contrário, o temer que muitas vítimas por medo, por limitação não tivessem falado e o número que deveria ser ainda mais alto tivesse ficado por onde ficou”.
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