Mário Figueiredo arrasa Rafa Silva: «tiros nos pés» e «amuo». O Benfica se o for buscar vão ser só problemas
Comentador arrasa Rafa Silva no Canal Now: «É uma desculpa atrás da outra. Assinou por milhões e agora quer sair. Contrato é para cumprir até 2027».
Rafa Silva afirma que está psicologicamente exausto e mantém a intenção de sair do Besiktas. O clube fica atento a todo o processo.
A imprensa turca deste domingo relata uma nova reunião do avançado português com um dos vice-presidentes responsáveis pelo futebol do Besiktas. De acordo com a mesma fonte, durante um encontro que durou mais de uma hora, Rafa garantiu que se sente psicologicamente esgotado e com dificuldades em recuperar.
Recorde se que o jogador de 32 anos tinha justificado as ausências aos treinos com dores nas costas. Continua, no entanto, determinado em deixar o clube. O Benfica poderá avançar para a contratação caso Rafa Silva consiga rescindir o contrato com o Besiktas.
O jornalista da Media Livre Mário Figueiredo, no canal NOW, comentou o caso, e numa análise contundente debruçou-se sobre o atual momento de tensão vivido por Rafa Silva no Beşiktaş. Para o comentador, o cenário de alegadas dores nas costas, agora descritas como um problema psicológico após os exames médicos não detetarem lesões, não passa de uma estratégia mal montada pelo jogador e pelo seu entorno.
Segundo Mário Figueiredo, o avançado português está a ser «muito mal-aconselhado», entrando numa espiral negativa de decisões que acabam por prejudicar a sua própria imagem junto do clube e dos adeptos.
«Olha, o que eu acho é que Rafa está a ser muito mal-aconselhado, é tiros nos pés atrás de tiros nos pés. As decisões, a forma como este processo está a decorrer… Repara, porque é que não veio logo esta primeira desculpa? (…) A verdade é que ele “amuou” com o treinador.»
Para o jornalista, a postura de Rafa configura um ultimato inaceitável para qualquer estrutura diretiva. Figueiredo argumenta que ao colocar o presidente do clube entre a espada e a parede, numa lógica de «o treinador ou eu», o jogador está a criar um precedente que nenhum líder pode aceitar, sob pena de perder o controlo do balneário para sempre.
Ainda desmontou a narrativa da passagem da dor física para a dor psicológica, questionando o timing desta mudança de discurso, «A não ser que ele tenha ficado psicologicamente afetado quando a ressonância magnética, quando ele se andou a queixar das costas, [mostrou] que não era um problema… Oh Rafa, desde o período desta ressonância magnética, bateu com a cabeça na máquina e isso afetou-o psicologicamente e ele agora está a usar esta situação como outro subterfúgio para deixar o Beşiktaş? Não me parece nada correto.»
Apesar de reconhecer o perfil obstinado do jogador, descrito como alguém de «ideias fixas» que gosta de «fazer o seu braço de ferro», ele lembrou a realidade contratual. Rafa Silva trocou o conforto da Luz por um contrato milionário na Turquia, algo que agora não pode ser ignorado apenas porque a época correu mal desportivamente.
Recorda que o compromisso assumido envolve verbas a rondar os 9 milhões de euros e que, se a vontade de rescindir partisse do clube, o jogador exigiria até ao último cêntimo, «Esquece é que assinou um contrato e assinou um contrato que lhe vai dar 9 milhões de euros entre a próxima temporada e o final desta. (…) Aceitou o Beşiktaş com os tais 6 ou 8 milhões de euros por ano. A minha pergunta é: nessa altura estava tudo bem? O Beşiktaş é que era o clube? (…) É que se o Beşiktaş quisesse o mandar embora, teria que pagar a totalidade do contrato. Faz todo o sentido.»
Em suma, a leitura de Mário Figueiredo é clara: o clube turco tem legitimidade para exigir que Rafa cumpra a palavra dada e o contrato assinado até 2027, independentemente dos «amuos» ou da classificação na tabela.