“Marisa não disse ‘parem’! Susana Areal explica porquê e deixa recado à geração perdeu os limites
A psicóloga volta a pôr ordem no caos da casa: “A Marisa não gritou ‘parem’, só percebeu depois.” Mas será que o país quer ouvir explicações ou apenas escolher culpados?

Susana Areal, comentou a polémica em torno da Marisa, Fábio e Dylan, e acaba por vir com a conversa de que ela nada fez, apenas «depois».
Ainda assim, começa por dizer, “Ponto prévio: a Marisa tem direito a sentir o que quiser — e ninguém pode criticar isso”.
I. Estavam vários concorrentes a brincar, a esconder ovos e a tentar partir os ovos uns dos outros.
2. Só entra na brincadeira quem quer — vários concorrentes escolheram ficar de fora.
3. À medida que o tempo foi passando e a brincadeira se foi desenrolando, os níveis de adrenalina subiram e os comportamentos d. pessoas alteraram-se: a competitividade aumentou, e com isso a probabilidade de lesões ou de se ultrapassarem limites.
4. Vimos quatro ou cinco concorrentes numa excitação total — uns a tentar proteger o ovo, outros a tentar partir.
5. Ultrapassaram-se limites, sem dúvida, mas nesta sequência NUNCA houve maldade, malícia ou desrespeito.
6. Em momento algum, durante o que ocorreu, a Marisa: disse “parem”, “não admito”, “estão a abusar” ou qualquer coisa que fizesse a adrenalina descer e todos perceberem que estavam a ultrapassar limites.
7. A adrenalina era tal que nenhum dos envolvidos pareceu, no momento, ter consciência plena do que estava a acontecer.
8. Apenas quando partiram o ovo, quando a adrenalina começou a descer e a Marisa viu a expressão facial do Pedro, é que tomou consciência do que tinha acontecido — e sentiu o que sentiu.
9. Disse o que sentiu, e IMEDIATAMENTE o Fábio, ao tomar consciência, pediu desculpa. É importante vincar que NINGUÉM TOCOU NAS PARTES ÍNTIMAS.
Como temos observado, esta nova geração de miúdos é muito mais permissiva ao toque — agarram-se, esfregam-se, beijam-se — e nada parece significar nada. É importante que estas situações aconteçam para que se promova a discussão sobre os limites de cada pessoa, pois esses limites estão cada vez menos presentes nos jovens.