Marta Melro esteve à conversa com Ana Rita Clara na TVI Ficção, este sábado, 20 de abril.
A dada altura, a atriz foi confrontada sobre a polémica separação de Paulo Vintém, com quem tem uma filha: “Tu sentiste que viveste assim, de alguma forma, uma novela real com a tua separação? Devido à exposição que aconteceu?”, questionou Ana Rita Clara.
Marta Melro ficou visivelmente desconfortável: “Não estava à espera que me fosses perguntar sobre isso”. “(…) Apesar do assunto ser, obviamente, público e de eu não o ter escondido, devo dizer que foi o processo da minha vida mais escondido, no fundo. Foi um processo completamente do qual ninguém sabe, a não ser as pessoas mais próximas. E eu estive e estou completamente fechada ao que exteriormente se falou sobre isso”, disse.
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“Realmente, as pessoas dizem assim ‘Ah, o que dizem não me afetam’. É mentira. Afeta sempre. Mas, nesta fase da minha vida, neste processo, não me afetou realmente. Porque eu fiquei tão concentrada em mim e no meu processo que foi muito peculiar que o resto tornou-se, de facto, uma névoa. Tanto é que, até hoje, ninguém me perguntou sobre o assunto. Eu refugiei-me mais também por isso. Para mim não faz sentido falar se não for para falar a verdade ou se falar sobre tudo”, prosseguiu.
“Eu não gosto de ter reservas. E como tenho reservas sobre o assunto, como não posso ser completamente verdadeira, ou não quero, não é não posso, é não quero porque é algo que prefiro não fazer. (…) Vou ser muito sincera, muitas vezes dizem, sobretudo em momentos difíceis, para ultrapassarem, as pessoas dizem ‘Ah, o que não te mata faz-te mais forte’. Eu já era forte. Não precisava disto para me tornar mais forte. Pelo contrário, tornou-me mais frágil. Porque venho acompanhada daquilo que mais nos fragiliza e que nos torna mais fortes, que é a partir do momento em que somos mães. Tornamos-nos a pessoa mais forte e a mais frágil, porque não dependemos única e exclusivamente já de nós. Porque não contamos só connosco”, explicou.
“Portanto, o que é que eu posso ter aprendido deste processo? A redescobrir-me. Obrigou-me a redescobrir mais rapidamente, porque é um processo para as mulheres que às vezes mais curto, mais longo, depois de serem mães, redescobrirem a sua identidade para além da identidade de mãe. E este processo obrigou-me a redescobrir a Marta mais depressa e eu não estava com pressa nesse processo, porque para mim ser mãe é o melhor papel da minha vida. Mas obrigou-me a apressar um bocadinho o processo. Nós não somos aquilo que queremos, nós somos aquilo que precisamos ser, ou deveríamos. E eu precisei de ser Marta mais depressa”, rematou. Vê aqui o vídeo.
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