As Finanças notificaram uma menina de 11 anos, de Vizela, para uma audição prévia relacionada com o não-pagamento do chamado «imposto de selo» da sua pretensa viatura, referente ao ano de 2008.
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«Eu compreendo que o Estado precisa de arranjar dinheiro seja de que maneira for, mas também nem tanto», ironizou Abílio Monteiro, pai da criança notificada.
No entanto, e no mesmo registo irónico, manifestou-se até disponível para pagar o selo e a multa, desde que o Estado lhe «devolva» a viatura em causa.
«Mas só se o carro valer a pena, se for um chaço velho não quero», acrescentou.
A filha de Abílio Monteiro chama-se Bruna Alexandra Sousa Monteiro, mas, conforme informação que recolheu na Repartição de Finanças de Vizela, a notificação teria como destinatário Bruno Alexandre Sousa Monteiro Nunes, residente na Reboleira, Amadora.
Mesmo com o reconhecimento do engano, a situação não ficou resolvida.
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«A funcionária disse-me que ia tentar resolver, ficou com o meu contacto e estou à espera que me diga alguma coisa. Às tantas, ainda vou ter de tirar um papel, que custa 3 euros, para entregar no notário», criticou.
Serralheiro mecânico, Abílio Monteiro confessou que ficou «de boca aberta» quando encontrou na caixa do correio uma carta das Finanças, dirigida à filha.
Uma criança que, em 2008, ano do não-pagamento do imposto de circulação, tinha apenas 7 anos.
«Com 7 anos e já dona de um carro, é obra. Confesso que nunca tinha visto», rematou.