A notícia da trágica morte de Liam Payne, aos 31 anos, deixou o Mundo em choque.
Esta quarta-feira, 16 de outubro, o cantor e compositor britânico caiu do terceiro andar do hotel onde estava hospedado, em Buenos Aires, Argentina, e não resistiu aos ferimentos graves…
Mário de Carvalho, o stylist dos famosos, publicou uma reflexão no Instagram: “Ainda é cedo para tecer qualquer juízo de valor sobre a morte do Liam Payne. Sabemos, agora, que caiu de um terceiro andar de um hotel em Buenos Aires. No seu quarto havia droga – muita droga – uma televisão partida e uma tremenda confusão instalada. Sabemos que estava sozinho. Por ora, temos ínfimos cenários pela frente e a pergunta que não quer calar “atirou-se?” ou “caiu sem querer?”. Não temos qualquer resposta mas podemos reflectir sobre a responsabilidade social que temos em casos como este. Há coisas que têm de ser mudadas para ontem“, começou por escrever.
“A devassa da vida privada a que uma figura pública está sujeita é doentia, e somos nós que fertilizamos a doença. Queremos sempre saber mais como se aquelas pessoas fossem nossas amigas. Não são. São gente como a gente. Têm um trabalho que apreciamos – fim. Se com a ansiedade social de que meio mundo fala andamos todos com um Victan na carteira e temos “vidas normais”, imaginemos não ter vida em prole de um sonho. “Ah mas já sabem para o que vão!” ou “Não queriam a vida exposta tinham escolhido outra carreira”. Mais ou menos. Imagina nasceres com um talento ao qual não podes dar asas por teres medo que te entrem pela janela de casa. Por teres de deixar de ir ao cinema com os teus amigos. Por não poderes ir passear com os teus filhos. Nós, os das vidas normais, alimentamos tudo isto com uma sede desbravada e doentia“, acrescentou.
“Lembro-me sempre de uma foto da Britney Spears, em 2006, agarrada ao filho bebé, num restaurante, a chorar por não poder sair. Não mudou nada desde então. A imprensa e as redes sociais dão palco, validação, difundem obras e criam colónias de fãs pacíficas – e esse universo é bonito. Mas a imprensa e as redes sociais têm de ser moderadas e controladas. A cultura do cancelamento é medonha. A ausência de vida privada é perigosa. Somos todos culpados por estas mortes. É mais fácil idolatrar alguém depois de morto do que criar regras enquanto estamos todos vivos. Não devia ser assim. Quiçá devêssemos ser mais comedidos. Podia ser um bom começo. A vida dos outros é isso mesmo – dos outros. 🖤”, rematou Mário de Carvalho.
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