Ruben Aguiar foi condenado a 5 anos e meio de prisão por atropelar um homem numa bomba de gasolina, em Alcochete, em abril de 2023. Terá de pagar 40 mil euros à vítima.
Os advogados de defesa confirmaram que vão recorrer da sentença, mas a equipa de acusação garante que irá igualmente recorrer, e ainda do valor a receber para um novo processo civil.
Em entrevista ao programa “Dois às 10”, da TVI, Isabel Pinto, a mulher do cantor madeirense, reagiu à sentença: “Nós não estávamos nada à espera, porque o depoimento do Ruben foi muito sincero e todas as imagens indicavam que seriam ofensas à integridade física por negligência. Estávamos com boas expectativas, mas isso não aconteceu, infelizmente. O Ruben está muito em baixo. Não era o que esperávamos, realmente. Não era isto que esperávamos”, disse em conversa com o repórter Bruno Caetano.
“Acho que o Ruben voltou a entrar em estado de choque, embora não tanto como da primeira vez quando foi apanhado no aeroporto de surpresa e foi preso. Aí ele entrou mesmo em estado de choque, não estava nada à espera. Aqui continua perto da família, dos filhos, é uma ajuda. Não tem nada a ver com o que aconteceu antes, mas precisa sempre de medicação para dormir e para passar o dia. Porque há aquela constante pressão das notícias e tudo mais. Então ele sente-se muito injustiçado”, acrescentou. Vê aqui o vídeo.
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O vídeo do atropelamento
“A tentativa de homicídio, isto foi o título que surgia em todas as notícias. Quando eu tenho acesso ao vídeo, é claro que eu estava à espera do que as notícias todas projetaram para fora e até mesmo a Polícia Judiciária. Ou seja, que seria o atropelamento em que o homem estava em frente do carro e até houve certos canais que disseram que o Ruben anda para a frente e para trás, enfim. Quando eu vejo o vídeo, não foi nada do que foi projetado cá fora. Ele está constantemente a ver o vídeo de frente para trás, isto acontece milhares de vezes e está sempre focado naquilo de ‘não compreendo o porquê de tanta injustiça, nunca quis matar ninguém’ e está sempre na cabeça dele, é aquela pressão sempre, a toda a hora”, afirmou Isabel Pinto.
“A juíza continua a achar que este senhor, e aí está, o crime foi ofensas de integridade física qualificada, porque continuam a achar que o senhor foi atropelado à falsa fé, ou seja, que o senhor encontrava-se de costas, à falsa fé. Quando não, as imagens conseguimos verificar muito bem que o homem não está de costas, está de frente para o carro, na lateral direita, nunca está à frente, ou seja, é possível que o Ruben não esteja sequer a ver a vítima ali ao lado direito, porque é assim, vinha carros do lado oposto, é impossível termos visibilidade a 100% da vítima”, explicou.
“O Ruben nunca fugiu para longe, o Ruben estava ali há dois minutos mesmo, na próxima curva, que é ali onde se encontra o programa Preço Certo, que estava a fazer na altura. Ficou ali cerca de uma hora ou duas horas. Pôs-se em risco, passar a vergonha de entrar a polícia por lá dentro, para lhe apanhar, não é? Porque as bombas de gasolina têm câmaras, têm tudo, portanto, não faz sentido. Para mim isto demonstra que o Ruben não teve a noção, talvez, da gravidade da situação”, rematou.