Nuno Azinheira, na sua crónica na revista ‘Nova Gente’ desta semana, debruçou-se sobre o sucesso do programa “A Sentença” (TVI).
“José Eduardo Moniz encontrou uma nova galinha dos ovos de ouro. Quando a 15 de abril deste ano se estreou A Sentença, a seguir ao jornal da hora do almoço, percebeu-se que a versão 2.0 de O Juiz Decide era fraquita, mas ia pegar de estaca. E pegou. Nunca mais deixou de ser líder”, começou por escrever.
“Vai daí, a TVI tem vindo a testá-la em vários horários. Não, não é a testá-la, é a acumulá-la. Mantém a seguir ao almoço, normalmente um episódio, embora já tenha dado dois seguidos. Já passou cumulativamente ao fim da tarde com mais dois episódios, para tentar, sem sucesso, combater as novelas da SIC antes do jantar. No sábado tapou o final do Primeiro Jornal e o Alta Definição com dois episódios seguidos (com relativo sucesso) e tentou a sua sorte no domingo antes do Somos Portugal para tentar anular o Festival da Comida Continente na SIC. Não correu bem. É uma estratégia como outra qualquer, convenhamos, mas lá que cheira a um estranho desnorte, cheira. Estranho porque a TVI é líder no primeiro semestre. Porque uma coisa é chamar José Castelo Branco para uma entrevista especial para tentar salvar o mês – correu mal. Do outro lado, Daniel Oliveira também engendrou um especial Marco Paulo – correu bem”, explicou.
“Agora, o que leva um programa consolidado como A Sentença, que é do agrado da maioria dos espectadores que vê televisão na sua hora de exibição, a saltitar de hora em hora?”, questionou. “Não há racional que o justifique, além de provocar desgaste no formato e uma sensação de desrespeito pelo espectador. Mas já percebemos, esta Sentença é sempre a aviar”, respondeu.
“Fosse a nossa Justiça, historicamente tão lenta, tão complexa e tão intrincada, como o Tribunal de Queluz de Baixo e rapidamente as pilhas de volumes acumula dos desapareceriam. Moniz bem dá ideias. Depois não se queixem”, acrescentou.
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