Nuno da Silva [Love On Top] revela as várias tentativas para acabar com a sua própria vida
O ex-concorrente do reality show da TVI revela que tentou o suicídio pela primeira vez quando tinha 7 anos.
Nuno da Silva “abriu o coração” e fez um relato chocante sobre a sua história de vida, no Instagram, esta segunda-feira, 14 de outubro.
O ex-concorrente do “Love On Top” começou por referir: “Eu não era para ter nascido, eu nasci com o cordão à volta do meu pescoço, não morri por segundos. E era o que devia ter acontecido. O meu nome é Nuno, atualmente tenho 31 anos, venho de uma família bem financeiramente, dinheiro nunca foi problema”.
Nuno da Silva recordou que, aos 7 anos, quando a sua irmã nasceu, os seus pais “mudaram, atenção e carinho ficou virado para o bebé”: “Após o nascimento dela, o meu pai mudou, ficou com menos paciência, mais agressivo, eu apanhava porrada por tudo e por nada. Tudo lhe irritava no meu comportamento”.
Foi aí que Nuno da Silva tentou acabar com a sua vida: “Comecei-me a sentir distante, com raiva, ódio, eu com essa idade foi a primeira vez que me tentei matar… tomei um líquido de lavar a roupa. Havia momentos que estavam bem, mas havia momentos que eu saía de mim, não conseguia controlar as minhas ações, só depois de as ter, é que tinha noção do que estava acontecer. Mas se me sentia mal com aquilo? Não sei, era estranho naquela idade pensar nessas coisas”.
Nuno da Silva foi vítima de abusos sexuais por parte dos avós e começou a ter “pensamentos e atitudes diferentes”: “Na casa de Fernão Ferro, eu e a minha irmã Sara trocávamos carícias sexuais, beijos, mexíamos nos órgãos genitais um do outro. Aquilo era super estranho para mim, mas tínhamos essa vontade”.
“Mais tarde, num acampamento que fizemos com os meus pais, a minha irmã Sara e eu trocámos beijos na tenda enquanto os meus pais foram ao bar da piscina. Quando eles voltaram, lembro-me que as minhas cuecas e da minha irmã Sara ficaram presas, o meu pai apanhou-nos e deu-me uma tareia horrível. Após isto tentei o meu segundo suicídio. la para a escola com vontade de fazer asneiras, metia-me muitas vezes na estrada para ver se um carro passava por cima, envolvi-me em coisas feias, roubava coisas com amigos na época escolar, mas quando chegava a casa e me deitava na cama, pedia a Deus para não acordar amanhã”, relatou.
Posteriormente, “A mudança para a Quinta do Conde e a separação dos meus pais quebrou-me por completo, o pouco que ainda tinha de uma criança dentro de mim, morreu no dia que o meu pai disse à minha mãe que o casamento deles tinha acabado por outra mulher. No dia seguinte, enchi-me de comprimidos e tentei o meu terceiro suicídio. Só desejava a morte ao meu pai, ele tirou-me tudo o que eu mais amava na vida, a família, as noites de Natal, as férias em família. Ele acabou com isso tudo. Existe algo mais especial, mais lindo que ter uma família? Momentos em família? Para mim era foi o mais importante, mesmo com tudo o que se passava, eu chorava”.
Paralelamente, o marido de Cynthia Noriega (que também participou no reality show da TVI e com quem tem dois filhos) era vítima de bullying na escola “por ser quieto e não querer falar com ninguém”: “Isso tornou-me rebelde, querer fazer coisas para me dar com os miúdos da escola que me faziam mal. Chumbei várias vezes nessa escola, já não queria saber de mais nada. Já nada importava para mim. Os pensamentos de loucuras começam a piorar. Nessa altura a depressão era tão grande que senti as coisas horríveis que estava a passar, só queria estar no meu mundo em silêncio. Comprei uma arma, dinheiro que roubei à minha avó. Ainda me lembro que paguei, passados três dias combinei com a pessoa, que me a deixou num saco junto a uma lixeira. O que um miúdo naquela idade procurava em comprar uma arma? Não queria nada que os meus filhos um dia tivesse na mesma situação que eu, com as mesmas dores que eu, porque é sufocante, não tem saída, é como estar num quarto fechado nem porta para sair. E os meus pais onde estavam para me salvar? Eles não percebiam que eu estava mal? Que me faziam mal?”.
Mais recentemente, Nuno da Silva sentiu-se desprezado pelo pai: “afastou-se, não quis saber dos netos e isso encheu-me de ódio novamente. Tentei matar-me novamente. Deixei um carro de trabalho que tinha parado na faixa da esquerda da A33 para que um carro me batesse e eu morresse. Tive o acidente grave, mas não morri”.
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