O grito de revolta de Miguel Cristovinho após nova morte “este filho da p*ta”
Miguel Cristovinho ainda afirma, "são demasiadas mortes, estas pessoas são vítimas de MUITO mais até serem mortas, são perseguidas, vivem em medo constante e estão inseridas num sistema que não as protege logo à partida quando começam as primeiras intimidações"
Miguel Cristovinho, usou as redes sociais para um grito de revolta, após mais morte devido a violência doméstica.
Começou por escrever nas suas redes sociais, “isto tem de acabar caso vos tenha passado ao lado esta semana perdemos mais uma jovem para as garras da violência doméstica. a Daniela foi brutalmente assassinada pelo ex-namorado enquanto esperava resposta da Justiça ao pedido de proteção.”
O artista não teve qualquer medo de apelidar fortemente o homicida, “este animal atropelou-a mais de 3 vezes, passou com o carro por cima da cabeça dela, e isto aconteceu porque nós, enquanto sociedade, FALHÁMOS com a Daniela. isto tem de ser claro para todos nós. o mundo está num vortex, estamos todos chocados com a realidade de que fazemos parte de um lugar em guerra, onde diariamente morrem crianças inocentes, e já não sabemos para onde nos havemos de virar. “
Só que o tom no seu texto ainda foi mais longe, “quando parece que está a voltar um interesse em melhorar pelo menos o estado do nosso país, com resquícios de mais interesse político no debate público, somos confrontados com a triste realidade que mais de um terço das pessoas continua a não ter interesse nem vontade em fazer-se ouvir para melhorar o sítio onde vivemos. não pode ser, os nossos filhos merecem que pelo menos tentemos. este filho da p*ta já tinha sido preso por matar outra ex-namorada, Carla, com 23 facadas à porta de casa dos pais em Castelo Branco. sabem quantos anos teve preso? 10. estava em liberdade condicional agora quando matou a Daniela. NÃO PODE SER!!!!#”
A rematar podemos ler “são demasiadas mortes, estas pessoas são vítimas de MUITO mais até serem mortas, são perseguidas, vivem em medo constante e estão inseridas num sistema que não as protege logo à partida quando começam as primeiras intimidações. é que para quem nunca falou com alguém que tenha sofrido de violência doméstica (se for o teu caso dá graças, fico muito surpreendido que ainda haja alguém a quem isto não lhe tocou directa ou indiretamente) acha que um dia as pessoas acabam uma relação e no outro uma delas mata-a. NÃO! é frequentemente um processo longo e penoso de intimidação, perseguição, violência verbal e/ou física e que invariavelmente termina numa tragédia como esta. chega. temos o dever e a obrigação de colocar este tema no CENTRO do debate público, se não for pelos que já sofreram que seja pelos que podemos vir a evitar que sofram. não deixem estas pessoas caírem no esquecimento”.
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