
No «passadeira vermelha», Filipa Torrinha destaca o tema “adultização infantil e jovem” nos seus comentários e a referência é o filho mais novo da irmã do Cristiano Ronaldo (Katia Aveiro).
O tema da adultização infantil volta a estar em cima da mesa, agora com novo fôlego após a recente polémica em torno do influencer Felca, que expôs de forma crua os perigos da exposição precoce de crianças nas redes sociais. Esta discussão tem ganho força e, à boleia do debate que começa finalmente a despertar consciências, também figuras públicas portuguesas começam a assumir uma posição mais crítica e consciente sobre o assunto.
Foi o caso de Filipa Torrinha Nunes, comentadora do programa Passadeira Vermelha, que trouxe o tema à conversa ao referir-se a alguns vídeos partilhados no TikTok do filho mais novo (Dinis) de Katia Aveiro, irmã de Cristiano Ronaldo.
O alerta não surge de forma acusatória, mas sim como um apelo à reflexão, algo que tem faltado num espaço digital cada vez mais ávido de ‘likes’, partilhas e visualizações. A adultização não é um fenómeno novo, mas assume contornos particularmente perigosos quando ganha palco em plataformas de grande alcance, como o TikTok, onde o tempo de exposição e como as crianças são retratadas podem moldar perceções e atrair consequências que se estendem muito além da infância.
As palavras de Filipa Torrinha funcionam como um espelho da discussão que se impõe: até que ponto estamos a proteger a infância nas redes sociais? E qual o papel dos adultos, familiares, seguidores e criadores de conteúdo nesta responsabilidade coletiva?
Após passarem imagens no «passadeira vermelha» sobre o conteúdo partilhado no TikTok do filho mais novo de Katia Aveiro, seguiram os seguintes comentários:
Catarina Miranda: “E por acaso no outro dia o meu marido, o Miguel, até fez uma partilha onde bloqueou o Spotify, tudo o que seja as suas músicas de funk brasileiro, no Spotify do meu enteado, precisamente pela linguagem, porque os miúdos cantam, entram no ritmo, muitas vezes não se percebem do que estão a cantar.”
Filipa Torrinha: “Assim, eu peço imensa desculpa. Eu gosto mesmo muito da Katia, do que ela nos tem mostrado recentemente, mas isto é horrível. Não sei se têm conhecimento de um influencer que é o Felca, que fez um vídeo (…) Eu sei que esta família e quem está ligado ao Dinis não o faz por mal, até porque esta coisa é muito recente, eu não cresci com redes sociais quando era mais nova, a Cátia também não, presumo, não havia no tempo dela quando ela também era mais jovem, e é tudo muito novo para todos nós (…) este lado do digital está tão intrusado no mundo destes miúdos que é muito complicado também, os pais e a família fazerem a separação. Mas o que temos aqui é, para já, já é mal – temos o menor a ser exposto, pronto, o menor a ser exposto, já com o nome que tem, Cristiano Ronaldo atrás, mais complicado é, de ponto 3 temos aqui um menino que está em vídeos, com músicas, com um teor profundamente sexual, esta não é só uma, há mais. E também temos no vídeo o que agora passou com a mãe, as pessoas a fazerem comentários sobre a mãe, a sexualizar a mãe, os amiguinhos e os jovens da idade dele, a questão aqui é, muito provavelmente, para não dizer com toda a certeza, este menino não tem estrutura para lidar com isto alegadamente.
Uma criança, um jovem de 15 anos, lidar com tudo isto é muito pernicioso. E não havendo maldade aqui, por parte novamente da família, acho que esta consciência é importante ser tida. Porque de facto, os malefícios que vêm com este tipo de exposição, são muitos (…) Genuinamente, a minha preocupação aqui é este jovem e todos, no geral, portanto é um assunto novo, tem que ser falado e debatido, e também tem que haver acompanhamento em relação a isto.”
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