Artigo da Revista tvmais
O ator tem uma vida completamente autónoma, apesar das suas limitações física. Nada que o faça parar ou sequer, abrandar.
Destacou-se ao aceitar, superar e vencer a segunda edição do programa da SIC. Paulo Azevedo, de 31 anos, provou mais uma vez que não há impossíveis, mesmo para quem nasceu sem os membros superiores e inferiores. “Ser diferente não é sinónimo de ser inferior”, revela sempre que é questionado sobre a sua condição física.
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A tvmais acompanhou-o num dia de preparação para a grande final de “Splash! Celebridades”. O vencedor tem uma vida total-mente independente e é assim que se sente realizado: conduz desde os 18 anos, e considera que esta conquista lhe deu a liberdade e autonomia que precisava. “Sou totalmente independente, graças às próteses e ao carro!”
Já viveu sozinho em Lisboa, durante quatro anos, mas regressou à terra-natal, Leiria: “Não tinha perspetivas de trabalho na minha área, e voltei a viver com os meus avós e com a minha mãe”. Confessa que não tem o hábito de dormir até muito tarde: “As manhãs são dedicadas à volta do computador, a preparar as minhas palestras, e almoço em casa. A minha avó é cozinheira! É ela quem prepara as refeições, depois vou até ao café ter com os amigos”.
As tardes do ator são preenchidas a cuidar do físico: vai ao ginásio todos os dias e pratica natação: “Faço-o para me sentir bem comigo próprio”. O jantar é feito em família, e Paulo confessa não sair muito à noite: “Só ao fim de semana, com os amigos”.
O ator é o grande apoio da família: “Ajudo o meu avô nas burocracias, eles têm um restaurante, que agora está alugado. Depois do AVC que sofreu, tornou-se mais complicado tratar de alguns assuntos e dou apoio em tudo o que posso“. Durante a semana que ante-cedeu a final, esteve instalado numa unidade hoteleira, onde manteve as suas rotinas, sem recorrer a nenhum tipo de apoio.
A participação no programa volta a dar-lhe força e determinação para regressar à representação. “Receber o carinho do público e ser o mais votado significa que as pessoas ainda não se esqueceram de mim.” A vitória alcançada no domingo tem uma dedicatória especial: “A todas as pessoas que me viam ao colo da minha mãe e diziam, coitadinho, mais valia não ter nascido, eu respondo: se calhar valeu!”
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