Paulo Matos, de 62 anos, fez recentemente um desabafo no seu perfil de Facebook.
“Representar, fazer teatro, atuar, nas mais diversas formas e através de todos os diferentes meios, é vital para a sobrevivência da minha alma! Não tinha pensado nisto desta forma antes, quando era mais novo e estava muito mais ocupado”, começou por escrever.
“Agora sinto cada vez mais no peito o buraco da ausência quando passo algum tempo (sempre demais) sem brincar ao teatro, sem me transfigurar no outro, que sou eu, num eu que se faz outro, que não passa do eu revisto noutro, que esconde o eu que se faz ver através do outro, que não quer ser eu mas que afinal só é o outro porque o eu lhe diz que não seja mais que o outro, continuando sempre a ser eu… Indefinidamente… Pois é… Uma loucura!“, lamentou o ator.
“Não é uma loucura, mas compreendo muito bem o teu estado. Há várias maneiras de exalar essa necessidade quase esquizofrénica e existencial! Abraço-te firme”, comentou Manuel Cavaco.
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