
Pedro Chagas Freitas saiu em defesa de João Félix, trocou o Benfica pela equipa de Cristiano Ronaldo.
O conhecido escritor, começa por dizer nas redes “João Félix está a ser atacado por todos os lados porque escolheu o que quase todos nós iríamos escolher no lugar dele: a liberdade. A liberdade absoluta de, em dois anos, ficar milionário — e livre para escolher onde vai jogar, e divertir-se.”
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“Scolari, um dia, explicou claramente que desde que ficou rico ficou melhor treinador. Eu entendo-o: quando se trabalha sem a pressão da conta bancária, é natural que se tomem melhores decisões; a liberdade faz-nos melhores decisores: menos pressionados tendemos a escolher melhor. Poucas coisas são mais hipócritas do que a diabolização que se faz do dinheiro.
O problema da sede é que pode fazer-nos beber do copo errado.
Félix fez a sua opção. Uma opção individual, válida, certamente alinhada com o seu propósito. Tão simples quanto isso. Tão respeitável quanto isso. Uma intenção não é uma promessa; é um registo de um desejo que, naquele momento, existe — e que, como todos os desejos, pode ser alterado, deixar de existir, ganhar novas formas.
Ao mudar de ideias, não houve uma traição; houve uma alteração de desejo. Todos mudamos de ideias a toda a hora. Para quê demonizar esta? Félix foi humano; acusá-lo de traição numa situação destas é desumanizá-lo, torná-lo numa máquina imutável. Provavelmente, dentro de dois anos, estará mesmo a fazer o que disse que queria fazer: regressar ao berço, a casa, com a liberdade absoluta de não precisar de dinheiro para nada. Não o condeno, não lhe atiro pedras carregadas das minhas próprias frustrações. Tento entendê-lo. É um exercício maravilhoso.”
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