Pedro Chagas Freitas defende Kate Middleton: “Inventaram tanta coisa, só para ganhar dinheiro em cima do sofrimento dos outros”
"Não devia ser possível fazer do boato sem fundamento uma notícia"
Kate Middleton, a Princesa de Gales, revelou, esta sexta-feira (22), que está a lutar contra um cancro.
Num vídeo publicado nas redes sociais, a mulher do Príncipe William recordou que, em janeiro passado, foi “submetida a uma grande cirurgia abdominal“: “A cirurgia foi bem-sucedida, no entanto, os testes realizados após a operação descobriram que o cancro esteve presente“.
Kate Middleton desabafou que a notícia “foi um grande choque, e William e eu temos feito tudo o que podemos para processar e administrar isso de forma privada” e confirmou que já iniciou os tratamentos de quimioterapia.
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Pedro Chagas Freitas, conceituado escritor português, partilhou uma reflexão nas redes sociais: “O mundo está doente, mas foge do que dói. Das palavras que doem, por exemplo. Cancro. A palavra é tão puta quanto a realidade. Cancro. Como uma faca a entrar na carne. Podemos fugir de dizê-lo, encontrar eufemismos, palavras diferentes, mais pequenas, para algo tão grande. A princesa está doente, que tenha a força para derrotar o que a ataca, feroz, selvaticamente“, começou por escrever.
“Mas este texto, para além de ser um abraço grande a Kate, é um murro dos grandes neste planeta dos cliques. Inventaram tanta coisa, disseram tanta coisa. Só para o clique, só para ganhar dinheiro em cima do sofrimento dos outros. Não devia valer tudo, mas vale. Não devia ser possível fazer do boato sem fundamento uma notícia. Não devia haver quem queira fazer fortuna com a desgraça, com a mentira. Não devia. Haja vergonha, haja respeito. Haja pessoas. É disso que este mundo precisa. Estamos cada vez mais cruéis, mais insanos na busca do consumo rápido, da informação sem sustento“, acrescentou.
“Precisamos com urgência de mais amor. De mais empatia, de mais pessoas, de mais poesia, de mais respeito. Que a dor do outro nunca me seja indiferente: eis o que tem de curar o mundo“, rematou.
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