Pipoca Mais Doce fala tudo! Big Brother não é transparente e foi condicionada
No "Alta Definição", Daniel Oliveira questionou o motivo para a saída de Ana Garcia Martins do reality show da TVI.
Ana Garcia Martins foi convidada do programa “Alta Definição” deste sábado, 4 de novembro, na SIC.
A influencer (e atual concorrente do “Hell’s Kitchen Famosos”) esteve à conversa com Daniel Oliveira e falou sobre a sua passagem pelo “Big Brother” como comentadora.
“Eu sempre gostei muito de reality shows, mas uma coisa é viver aquilo enquanto espectadora, outra coisa é fazer parte daquilo e da forma como as pessoas vivem aquilo, nomeadamente, os grupos de fãs dos concorrentes, a família, os amigos, são absolutamente fundamentalistas”, começou por dizer.
“Para mim, aquilo era muito simples: eu estava analisar o que acontecia dentro de um programa, aquilo que eu via e que toda a gente via. Agora, lá está se calhar fazia-o no meu tom que as pessoas não acham graça, como algumas piadas pelo meio, a ser um bocadinho mais azeda”, acrescentou.
“Porque é que decides sair?”, questionou Daniel Oliveira. “Porque já tinha feito muitas edições, foram cinco edições seguidas, e eu era bombardeada todos os dias com as pessoas a dizerem: ‘Atenção, vai ver o que hoje a não sei das quantas disse ao não sei quê’. Aquilo consumia-me muito tempo. E depois começou a deixar de ser divertido”, respondeu.
A ex-comentadora foi mais longe: “E depois comecei a sentir que também já não podia ser tão eu como eu gostava de ser, e a minha liberdade já estava a ser de alguma forma condicionada, porque eu queria dizer aquilo que via, aquilo que estava a acontecer, o que eu pensava sobre determinados comportamentos, não só dos concorrentes, mas muitas vezes do próprio programa e das posições que o programa tomava”.
“(…) Para defender o programa da forma como eu achava que ele merecia ser defendido se calhar parecia que eu estava a ir contra ele. Senti: se sou eu que estou mal, sou eu que tenho que sair”, alegou.
Sobre os confrontos com Cristina Ferreira nas galas, “Na minha cabeça aquilo nunca era um confronto, não era um ‘eu estou aqui para pôr a outra pessoa numa posição desconfortável’. Se calhar tinha-me sido mais fácil só engolir o sapo e calar-me e dizer ok. (…) As pessoas terem conseguido ver esse lado de que se eu tenho uma posição a defender, eu vou defendê-la perante seja quem for, isso para mim foi importante”.