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Portugal ganhou, mas não convenceu: Jorge Baptista deixa aviso duro à Seleção

Jorge Baptista CNN Portugal não foi meigo...

Jorge Baptista da CNN não poupou críticas à Seleção Nacional após a suada vitória frente à República da Irlanda, num jogo que, na sua opinião, “devia ter sido um passeio”.

O comentador sustentou que a equipa portuguesa complicou o que parecia simples, e que a falta de consistência continua a ser o maior problema desta geração, “Isto devia ser um passeio e, enfim, começou bem, depois complicaram-se com as tais invenções e agora, mais uma vez, as coisas complicam-se por culpa da própria seleção portuguesa. Não vejo outra justificação para uma coisa destas”, afirmou.

O analista sublinhou que o adversário está longe de ser um colosso, recordando que “esta República da Irlanda até perdeu com a Arménia por 2-0” e que, apesar disso, colocou Portugal em apuros. Ainda diz que o problema não está na qualidade individual dos jogadores, mas sim na incapacidade da equipa lusa para desmontar blocos defensivos compactos.

“Portugal sofre desta maneira exatamente porque não sabe jogar contra equipas que se fecham bem e jogam na capacidade mental de Portugal, que é sempre a lateralização e depois não dá profundidade ao jogo, não tem criatividade, é demasiado previsível”, criticou de forma incisiva.

Apesar do triunfo, considera que foi uma vitória com “sabor amargo”, e reforça que o ciclo de exibições no futebol português revela um padrão perigoso: alternância entre jogos bons e maus, sem uma linha contínua de rendimento.

“É sempre assim, é a história do futebol português. Uma má exibição, uma exibição boa ou razoável. Não há consistência na seleção portuguesa quando tem alguns dos melhores jogadores do mundo. Este é uma vitória boa e estamos todos contentes, mas tem que se pôr a mão na consciência”, disse, apontando responsabilidades diretamente à equipa.

O comentador concluiu com um aviso: este resultado serve apenas para quem “se contenta com pouco” e não para uma seleção com ambições de conquistar um Mundial. Para Jorge Baptista, a ideia de que o apuramento já está garantido pode ser prejudicial, pois retira exigência e foco ao grupo.

“Estas são seleções muito abaixo do ranking português. A maior parte destes irlandeses joga na Premier League, mas em equipas de meio da tabela para baixo ou nas segundas divisões. E mesmo assim causaram dificuldades… e o pior é que foi o próprio Portugal que criou as suas próprias dificuldades”, rematou.

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